A integração das três ondas: abordagem personalizada na psicoterapia

Matheus Santos • 25 de janeiro de 2025

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A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) atravessou diferentes fases — conhecidas como ondas — ao longo de sua história, expandindo e enriquecendo seus conceitos e técnicas. Enquanto a primeira onda (com enfoque comportamental) enfatizava o estudo e a modificação de comportamentos observáveis, a segunda onda trouxe a reformulação cognitiva como elemento-chave. Já a terceira onda incorporou práticas de aceitação, mindfulness e um foco no contexto e nos valores pessoais. Atualmente, muitos profissionais optam por uma abordagem integrativa, utilizando elementos das três ondas para oferecer um tratamento personalizado, coerente com as necessidades e características de cada paciente.



Neste texto, discutiremos como se dá a integração das três ondas, seus principais benefícios e como ela impacta a prática clínica de psicólogos e terapeutas. Se você deseja aprofundar seus conhecimentos em Terapias de Terceira Onda, Neuropsicologia ou Avaliação Neuropsicológica, convidamos você a visitar o nosso blog, onde há artigos, estudos de caso e reflexões sobre temas contemporâneos na Psicologia. Além disso, não deixe de conhecer nossa Formação Permanente, que oferece um programa completo da IC&C (Intervenções Cognitivas e Comportamentais), integrando fundamentos teóricos e práticas supervisionadas.



Índice


  1. Revisão das três ondas da TCC
    1.1 Primeira onda: Behaviorismo
    1.2 Segunda onda: Cognitivismo
    1.3 Terceira onda: Aceitação, mindfulness e valores
  2. Por que integrar as ondas?
    2.1 Abrangência de problemas emocionais e comportamentais
    2.2 Flexibilidade no setting terapêutico
    2.3 Alinhamento com as evidências científicas
  3. Componentes fundamentais de cada onda na abordagem integrada
    3.1 Análise funcional e manejo de contingências
    3.2 Reestruturação cognitiva e autorregistros
    3.3 Aceitação, mindfulness e trabalho com valores
  4. Aplicando a abordagem personalizada: passos práticos
    4.1 Avaliação inicial: identificando padrões comportamentais, cognitivos e contextuais
    4.2 Planejamento terapêutico: escolhendo técnicas de cada onda
    4.3 Implementação: construindo uma narrativa de mudanças
    4.4 Monitoramento de progresso e ajustes
  5. Exemplos de casos e resultados
    5.1 Caso: ansiedade social e intervenção integrada
    5.2 Caso: ruminação depressiva e técnicas de aceitação
    5.3 Caso: dificuldade de adesão em reabilitação cognitiva
  6. Benefícios, desafios e cuidados éticos
    6.1 Benefícios de uma abordagem integrativa
    6.2 Desafios na formação profissional
    6.3 Ética e responsabilidade ao combinar técnicas
  7. Futuras tendências e perspectivas
    7.1 Expansão do uso de tecnologia e telepsicologia
    7.2 Pesquisa em protocolos híbridos
    7.3 Consolidação de supervisões e intercâmbio científico
  8. Conclusão e próximos passos


1. Revisão das três ondas da TCC


1.1 Primeira onda: Behaviorismo


A primeira onda remonta ao Behaviorismo, que emergiu na primeira metade do século XX com autores como John B. Watson e B. F. Skinner. O foco eram os comportamentos observáveis e suas contingências de reforço e punição. Técnicas como reforçamento, modelagem, exposição e dessensibilização sistemática surgiram nesse contexto e até hoje se mostram eficazes para lidar com fobias, ansiedade e problemas de conduta.


1.2 Segunda onda: Cognitivismo


A segunda onda surge a partir dos trabalhos de Aaron Beck e Albert Ellis na década de 1960, ao enfatizarem que como as pessoas pensam influencia diretamente suas emoções e comportamentos. Assim, a reestruturação cognitiva, o monitoramento de pensamentos automáticos e a psicoeducação sobre crenças disfuncionais tornaram-se centrais no tratamento de transtornos como a depressão e a ansiedade generalizada. Esse modelo consolidou a TCC como uma abordagem de base empírica, reconhecida em todo o mundo.


1.3 Terceira onda: Aceitação, mindfulness e valores


A terceira onda da TCC incorpora conceitos de aceitação, mindfulness e flexibilidade psicológica, encontrando nas práticas contemplativas (inspiradas em tradições orientais) um modo de lidar com os conteúdos mentais de forma não reativa. As Terapias de Terceira Onda, como a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), a Terapia Comportamental Dialética (DBT) e a Mindfulness-Based Cognitive Therapy (MBCT), deslocam a ênfase de “mudar pensamentos” para “observar e aceitar experiências”, conectando o paciente a seus valores pessoais e metas de vida.


2. Por que integrar as ondas?


2.1 Abrangência de problemas emocionais e comportamentais


A complexidade dos quadros clínicos modernos — como ansiedade comórbida à depressão, transtornos de personalidade e problemas de regulação emocional — demanda um arcabouço terapêutico amplo. A integração das três ondas garante um repertório de técnicas que cobre tanto o manejo de contingências comportamentais quanto a reestruturação cognitiva e as práticas de aceitação e mindfulness.


2.2 Flexibilidade no setting terapêutico


Nem todos os pacientes respondem da mesma maneira às intervenções clássicas de reestruturação de pensamento ou à ênfase em reforços comportamentais. Ao ter acesso a múltiplas abordagens, o terapeuta consegue ajustar o percurso clínico conforme as reações, resistências ou preferências do paciente.


2.3 Alinhamento com as evidências científicas


Diversos ensaios clínicos e meta-análises indicam que a TCC apresenta resultados robustos para diversos transtornos. As abordagens de Terceira Onda também acumulam evidências, especialmente para casos onde a regulação emocional é crítica (borderline, transtornos alimentares e TEPT). Integra-las contribui para maximizar a eficácia, reunindo o que há de melhor em termos de ciência do comportamento, cognitivas e práticas de aceitação.


3. Componentes fundamentais de cada onda na abordagem integrada


3.1 Análise funcional e manejo de contingências


Mesmo em uma abordagem integrativa, o modelo comportamental segue sendo uma importante base. O terapeuta:


  • Realiza a análise funcional: investiga contextos, antecedentes e consequências dos comportamentos-problema.
  • Planeja intervenções para reforçar comportamentos adaptativos e diminuir os desadaptativos, usando reforços positivos, exposição gradual e treino de habilidades sociais, por exemplo.


3.2 Reestruturação cognitiva e autorregistros


Do cognitivismo, surgem ferramentas como:


  • Psicoeducação sobre a relação entre pensamento, emoção e comportamento.
  • Identificação de distorções cognitivas (catastrofização, personalização, generalização excessiva etc.).
  • Questionamento socrático e “flecha descendente” para acessar crenças nucleares.
  • Autorregistros para monitorar o impacto de pensamentos automáticos em situações específicas.


3.3 Aceitação, mindfulness e trabalho com valores


As Terapias de Terceira Onda introduzem métodos que vão além da “mudança de conteúdo” dos pensamentos, enfatizando o relacionamento do paciente com suas experiências internas:


  • Práticas de mindfulness: exercícios de respiração, varredura corporal, atenção plena no cotidiano.
  • Aceitação: encorajar o paciente a acolher sensações e emoções sem reagir de modo impulsivo ou tentar suprimí-las.
  • Foco em valores: ajudar a identificar o que é realmente importante para o paciente, motivando ações comprometidas mesmo diante de pensamentos ou emoções negativas.


4. Aplicando a abordagem personalizada: passos práticos


4.1 Avaliação inicial: identificando padrões comportamentais, cognitivos e contextuais


Logo no início do tratamento, o terapeuta faz uma entrevista clínica detalhada e, quando relevante, aplica testes ou escalas para entender a dinâmica comportamental, as crenças centrais e a forma como o paciente lida com pensamentos e emoções. Essa avaliação orienta quais técnicas serão prioritárias.


4.2 Planejamento terapêutico: escolhendo técnicas de cada onda


Com base nas hipóteses e objetivos, o profissional decide:


  • Se dará ênfase à modificação comportamental, se for um caso de fobia com esquiva intensa, por exemplo.
  • Se trabalhará reestruturação cognitiva para crenças catastrofistas que perpetuam pânico ou depressão.
  • Se introduzirá mindfulness e aceitação em quadros de ansiedade generalizada ou ruminação, buscando maior flexibilidade psicológica.


4.3 Implementação: construindo uma narrativa de mudanças


A ordem de aplicação das técnicas nem sempre é rígida; o terapeuta equilibra, ao longo das sessões, intervenções comportamentais, cognitivas e de aceitação, criando um fio condutor coerente para o paciente. É comum iniciar com estratégias de enfrentamento comportamental ou cognitivas mais estruturadas, e então adicionar práticas de mindfulness e aceitação quando o paciente já tem mais familiaridade com o processo terapêutico.


4.4 Monitoramento de progresso e ajustes


É fundamental reavaliar periodicamente os resultados, seja por meio de escalas, autorregistros ou relato subjetivo do paciente. Se houver estagnação ou resistência, o terapeuta poderá alterar o foco de técnicas ou intensificar práticas de mindfulness ou reestruturação cognitiva, conforme os obstáculos identificados.


5. Exemplos de casos e resultados


5.1 Caso: ansiedade social e intervenção integrada


  • Análise comportamental: O paciente evita sistematicamente situações sociais, gerando reforço negativo (redução de ansiedade imediata).
  • Trabalho cognitivo: Identifica distorções, como “As pessoas vão rir de mim se eu cometer qualquer erro.”
  • Mindfulness e aceitação: Ensina o paciente a observar o desconforto inicial sem fugir e a manter-se fiel a seus valores (ex.: cultivar relações significativas).
  • Resultados: Após algumas semanas, relata menos medo de críticas e começa a se expor gradualmente a encontros sociais, ganhando confiança.


5.2 Caso: ruminação depressiva e técnicas de aceitação


  • Foco cognitivo: Reconhecer pensamentos negativos automáticos (“Eu sou um fracasso”) e mapear crenças nucleares de menos-valia.
  • Exercícios comportamentais: Incentivar atividades prazerosas e rotina de autocuidado.
  • Mindfulness: Auxiliar o paciente a “rotular” os pensamentos ruminativos sem se envolver neles, promovendo desapego gradual.
  • Resultados: Redução da frequência de ruminação e melhora do humor global ao longo das sessões.


5.3 Caso: dificuldade de adesão em reabilitação cognitiva


  • Comportamental: Análise de reforços para realizar exercícios cognitivos em casa (após um AVC).
  • Cognitivo: Abordar crenças como “Não adianta, não vou melhorar” que minam a adesão.
  • Terceira onda: Explorar aceitação da condição atual e focar em valores pessoais — “quero ser independente novamente” — gerando motivação para persistir na reabilitação.
  • Resultados: Paciente torna-se mais engajado nos treinos, experimentando gradativa recuperação e maior autoestima.


6. Benefícios, desafios e cuidados éticos


6.1 Benefícios de uma abordagem integrativa


  • Maior flexibilidade diante de casos complexos ou com comorbidades.
  • Possibilidade de atender preferências do paciente, por exemplo, se este se sente mais à vontade com técnicas de aceitação e meditação ou com tarefas estruturadas.
  • Eficácia potencializada ao somar estratégias comportamentais, cognitivas e de mindfulness.


6.2 Desafios na formação profissional


  • Necessidade de supervisão e estudo contínuo: para dominar diferentes técnicas e saber como aplicá-las de forma coesa.
  • Evitar confusão teórica: É preciso compreender profundamente cada onda para não misturar técnicas sem coerência.
  • Manter bases empíricas: Pesquisar e avaliar a eficácia do protocolo personalizado para cada paciente.


6.3 Ética e responsabilidade ao combinar técnicas


  • Consentimento informado: Explicar ao paciente a lógica das intervenções, destacando que serão usadas estratégias de diferentes “escolas” da TCC.
  • Apropriação cultural: Algumas práticas de mindfulness podem exigir adaptações culturais ou linguísticas, respeitando crenças e valores do paciente.
  • Limites de competência: Em casos graves ou com múltiplas comorbidades, encaminhar e trabalhar em conjunto com psiquiatras e outros especialistas.


7. Futuras tendências e perspectivas


7.1 Expansão do uso de tecnologia e telepsicologia


A era digital amplia possibilidades de monitoramento remoto de exercícios de mindfulness, autorregistros cognitivos em aplicativos e supervisões online de casos clínicos. Essa realidade favorece ainda mais a integração das ondas, permitindo que o paciente exercite técnicas comportamentais e de aceitação em plataformas interativas.


7.2 Pesquisa em protocolos híbridos


Novos estudos estão surgindo com protocolos híbridos que unem elementos comportamentais, cognitivos e de mindfulness de forma estruturada — por exemplo, combinações de exposição in vivo com exercícios de autocompaixão (DBT + ACT), analisando impactos em transtornos específicos.


7.3 Consolidação de supervisões e intercâmbio científico


A tendência é que sociedades e institutos de TCC promovam cada vez mais treinamentos avançados, workshops e congressos, incentivando a troca de experiências e pesquisas sobre abordagens integrativas. Isso ajudará a reduzir resistências e consolidar boas práticas internacionais.


8. Conclusão e próximos passos


A integração das três ondas (comportamental, cognitiva e de aceitação) na TCC representa um passo significativo rumo a uma abordagem personalizada na psicoterapia. Ao combinar análise funcional, reestruturação de pensamentos e práticas de mindfulness, os terapeutas podem oferecer intervenções mais amplas e ajustadas às necessidades únicas de cada indivíduo. Embora existam desafios de formação e a necessidade de supervisão especializada, essa integração se mostra alinhada às evidências científicas e às demandas contemporâneas de saúde mental.


Para profissionais que buscam aprimorar suas habilidades e adotar uma visão integradora, recomenda-se:


  1. Estudar a fundo cada onda, compreendendo as bases teóricas e o racional de cada técnica.
  2. Buscar cursos e supervisões que abordem essa combinação de abordagens, valendo-se de estudos de caso e práticas supervisionadas.
  3. Manter o olhar científico: avaliar periodicamente a eficácia das intervenções, adaptando conforme as respostas do paciente.
  4. Prezar pela ética e pela empatia, respeitando crenças e contextos do paciente, bem como seus valores pessoais.


Se você deseja seguir nesse caminho, convidamos você a conhecer nossa Formação Permanente na IC&C (Intervenções Cognitivas e Comportamentais), que abrange fundamentos das três ondas da TCC, práticas supervisionadas e atualizações constantes em pesquisa. Acesse também o blog da IC&C para encontrar mais conteúdos sobre Neuropsicologia, TCC e Terapias de Terceira Onda.

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Por Matheus Santos 1 de agosto de 2025
Se você já estudou ou ouviu falar sobre a Terapia de Aceitação e Compromisso, provavelmente já se deparou com esta dúvida: Afinal, fala-se "á-ce-tê" ou “équiti”? A resposta, como muitas coisas na Psicologia baseada em evidências, é: depende . Neste texto, vamos explorar de onde vem essa confusão, o que dizem os próprios fundadores da ACT, como essa abordagem é chamada no Brasil e, mais importante, por que o conteúdo da terapia é muito mais relevante do que a forma como a sigla é pronunciada.  O que é ACT? ACT é a sigla para Acceptance and Commitment Therapy, uma abordagem da chamada terceira onda da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Seu objetivo é promover flexibilidade psicológica por meio de processos como: Aceitação experiencial; Desfusão cognitiva; Contato com o momento presente; Clareza de valores; Ação comprometida; E um senso de si como contexto. A ACT propõe que o sofrimento psicológico é intensificado quando tentamos controlar ou evitar experiências internas, como pensamentos, emoções e memórias. Em vez disso, convida o paciente a se abrir à experiência, conectando-se com seus valores mais profundos. Saiba mais: Terapias Contextuais: uma evolução na abordagem da TCC ACT ou “équiti”? De onde vem essa confusão? A sigla ACT vem do inglês, e nos países de língua inglesa costuma ser pronunciada como uma palavra: “act” (como o verbo “agir”), soando algo como “équiti”. No entanto, no Brasil — como acontece com outras siglas — muitas pessoas optam por soletrar: á-ce-tê , seguindo a lógica da pronúncia literal das letras. Essa diferença de pronúncia pode causar estranhamento, especialmente em contextos acadêmicos, congressos ou supervisões clínicas. Mas a verdade é que ambas as formas são utilizadas no Brasil e, o mais importante: não há certo ou errado . O que dizem os fundadores da ACT? Steven C. Hayes, um dos criadores da abordagem, já afirmou publicamente que não se importa com a pronúncia da sigla. Em suas palavras: “Chame do jeito que quiser. O que importa é a ciência por trás da abordagem, não como você fala o nome.” Ou seja: se até o próprio criador da ACT é flexível sobre a pronúncia, talvez nós também devêssemos ser. Por que isso importa menos do que parece A Psicologia baseada em evidências tem como um de seus pilares a clareza conceitual e a comunicação acessível . Mas isso não significa rigidez linguística. A preocupação maior deve ser com: A compreensão dos processos fundamentais da ACT ; A formulação de caso com base em flexibilidade psicológica ; O uso ético e fundamentado da abordagem; E a constante formação e supervisão para uma atuação de qualidade. Seja você do time “á-ce-tê” ou “équiti”, o essencial é colocar os princípios da ACT em prática , com sensibilidade, técnica e respeito à diversidade dos pacientes. Leia também: TCC Transdiagnóstica: uma abordagem integrativa para múltiplos transtornos ACT no Brasil: uma abordagem em expansão A ACT vem ganhando cada vez mais espaço na formação de psicólogos e psiquiatras brasileiros. É usada no tratamento de transtornos como: Ansiedade generalizada; Depressão maior; TOC; Transtorno de personalidade borderline; Dor crônica; E diversos outros contextos clínicos e hospitalares. A abordagem também tem sido estudada e aplicada em contextos educacionais, organizacionais e sociais , mostrando sua versatilidade. Conclusão: fale como quiser, mas conheça profundamente A questão da pronúncia de ACT é legítima, mas secundária diante da importância clínica e científica da abordagem . Seja qual for sua escolha fonética, o importante é continuar estudando, se atualizando e aplicando a ACT com base nos princípios que a tornaram uma das terapias mais promissoras do século XXI. Quer aprofundar seus conhecimentos em ACT, TCC e outras abordagens baseadas em evidências? Participe da nossa Formação Permanente e faça parte de uma comunidade que valoriza ciência, prática clínica e transformação social.
Por Matheus Santos 25 de julho de 2025
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Por Matheus Santos 25 de julho de 2025
A entrevista inicial é uma das etapas mais decisivas no processo psicoterapêutico. Ela não apenas estabelece o vínculo terapêutico, mas também começa a revelar as estruturas cognitivas profundas que sustentam o sofrimento do paciente. Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), essas estruturas são chamadas de crenças centrais – ideias rígidas e globais sobre o self, o mundo e os outros. Mas será que é possível começar a identificá-las logo no primeiro encontro? A resposta é sim – desde que o terapeuta esteja atento aos padrões de linguagem, temas recorrentes e pistas emocionais que emergem na narrativa do paciente. Neste artigo, você vai aprender: O que são crenças centrais e por que elas importam desde o início; Como observá-las já na entrevista inicial; Técnicas e perguntas estratégicas; Exemplos clínicos; Como integrar essas informações na formulação de caso. O que são crenças centrais? Crenças centrais são convicções globais, absolutas e duradouras que a pessoa desenvolve ao longo da vida. São internalizadas especialmente na infância e adolescência, geralmente a partir de experiências emocionais significativas. Estas crenças moldam a maneira como a pessoa interpreta o mundo e reagem às situações do cotidiano. Exemplos: “Sou inferior aos outros.” “As pessoas sempre me abandonam.” “O mundo é um lugar perigoso.” Essas crenças nem sempre são verbalizadas diretamente, mas orientam os pensamentos automáticos e comportamentos disfuncionais que o paciente manifesta no presente. Por que identificar crenças centrais já no início? Embora a reestruturação dessas crenças ocorra em fases mais avançadas da terapia, identificar traços ou pistas logo na primeira sessão pode oferecer grandes benefícios: Antecipar hipóteses de formulação de caso ; Criar aliança terapêutica mais empática , demonstrando compreensão das dores centrais; Ajudar o paciente a dar sentido ao próprio sofrimento desde os primeiros encontros; Direcionar intervenções iniciais mais eficazes , mesmo que não sejam ainda focadas na reestruturação de crenças. Como observar crenças centrais na entrevista inicial? Durante a entrevista, as crenças centrais costumam aparecer de forma implícita , escondidas atrás da queixa principal ou da forma como o paciente conta sua história. Aqui estão alguns sinais importantes para ficar atento: 1. Padrões de linguagem Preste atenção em frases absolutas ou dicotômicas: “Eu sempre estrago tudo.” “Nunca consigo ser bom o suficiente.” “Não posso confiar em ninguém.” Essas expressões sinalizam generalizações cognitivas típicas de crenças centrais. 2. Narrativas repetitivas Quando o paciente retorna várias vezes ao mesmo tipo de evento ou emoção (ex: rejeição, humilhação, abandono), há grandes chances de estar verbalizando conteúdo ligado a uma crença mais profunda. 3. Reações emocionais intensas Se, ao relatar um episódio, o paciente manifesta emoções desproporcionais (choro súbito, raiva intensa, medo paralisante), aquilo pode estar tocando em uma ferida mais antiga – uma crença estruturante. 4. Estilo de apego e história de desenvolvimento Perguntas sobre infância, relacionamentos com cuidadores e figuras importantes costumam revelar temas centrais como valor pessoal, dignidade, amor e segurança. 🧠 Leia também: Formulação de caso na TCC: da hipótese à intervenção estruturada Perguntas estratégicas para acessar crenças centrais Algumas perguntas podem ajudar a revelar, de forma indireta, o conteúdo das crenças centrais logo no início: “Quando isso acontece, o que você acredita sobre você mesmo?” “Que tipo de pessoa você sente que é diante disso?” “O que você teme que esse episódio diga sobre você?” “Que conclusão tirou sobre si mesmo(a) depois desse acontecimento?” “Se fosse uma criança passando por isso, o que ela poderia acreditar sobre si?” Essas perguntas ajudam o paciente a sair da descrição factual do evento e entrar em níveis mais profundos de processamento . Técnica da flecha descendente (early use) Embora usada geralmente em sessões posteriores, a técnica da flecha descendente pode ser aplicada suavemente já na entrevista inicial, com o objetivo de testar hipóteses: Exemplo: Paciente: “Fui demitido, de novo. Acho que nunca vou ser bom o suficiente.” Terapeuta: “E se você nunca for bom o suficiente… o que isso diria sobre você?” Paciente: “Que eu sou um fracasso.” ➡️ A crença central está emergindo: “Sou um fracasso.” Como anotar e usar essas informações Você pode registrar essas pistas como hipóteses iniciais da formulação de caso, com a consciência de que elas serão testadas e aprofundadas ao longo do processo terapêutico. Modelo de anotação prática: - Queixa principal: medo de rejeição profissional - Pensamento automático: “Não vão querer me manter no trabalho.” - Padrões observados: histórico de demissões, evitação de avaliação, hipervigilância - Hipótese de crença central: “Sou incompetente.” - Evidência: linguagem autorreferente depreciativa + experiências passadas Conclusão A identificação precoce das crenças centrais é uma habilidade poderosa para qualquer terapeuta cognitivo-comportamental. Ainda que a reestruturação aconteça mais adiante, reconhecer padrões profundos desde o início da terapia aumenta a eficácia da formulação, fortalece a aliança terapêutica e direciona o plano de tratamento com mais precisão . É como começar a montar um quebra-cabeça sabendo qual imagem final se espera – mesmo que ainda faltem várias peças. 🚀 Quer dominar a identificação e reestruturação de crenças centrais de forma técnica e humanizada?  Participe da nossa Formação Permanente em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental e aprofunde sua prática com uma base sólida em ciência, clínica e ética.
Por Matheus Santos 24 de julho de 2025
Na prática clínica com Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), dois conceitos centrais permeiam o raciocínio clínico: crenças centrais e pensamentos automáticos . Embora relacionados, eles operam em níveis diferentes da cognição e exigem estratégias distintas de identificação e intervenção. Neste artigo, vamos esclarecer: O que são crenças centrais e pensamentos automáticos; Como identificar cada um na prática clínica; Diferenças conceituais e funcionais; Técnicas para trabalhar com cada um; Exemplos práticos e formulários úteis; Linkagens com formulação de caso, TCC transdiagnóstica e terceira onda.  O que são pensamentos automáticos? Os pensamentos automáticos são cognições que surgem espontaneamente em resposta a situações do cotidiano. São geralmente breves, rápidos, e podem não ser totalmente conscientes, mas afetam diretamente as emoções e comportamentos. Exemplos: “Vou fracassar nessa entrevista.” “Ela não respondeu — devo ter feito algo errado.” “Não vou conseguir lidar com isso.” Eles são mais fáceis de acessar no início da terapia e servem como ponto de entrada para o trabalho com crenças mais profundas. O que são crenças centrais? As crenças centrais são estruturas cognitivas profundas e duradouras , formadas ao longo da vida, especialmente na infância. São absolutas, globais e muitas vezes inconscientes, funcionando como lentes através das quais a pessoa interpreta o mundo . Exemplos: “Sou um fracasso.” “O mundo é perigoso.” “As pessoas vão me abandonar.” Essas crenças organizam uma série de pensamentos automáticos e são mantidas por esquemas cognitivos disfuncionais.
Por Matheus Santos 21 de julho de 2025
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Por Matheus Santos 21 de julho de 2025
“Não importa o que eu faça, nada vai mudar.” Essa frase resume bem a crença central de desamparo, uma das mais comuns em pacientes que buscam a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Essa crença está na base de quadros como depressão, ansiedade generalizada, fobia social e até transtornos de personalidade. Ela carrega a sensação de impotência diante da vida, como se os eventos fossem incontroláveis ou o indivíduo fosse incapaz de lidar com eles. O que são crenças centrais? As crenças centrais são esquemas cognitivos profundos, rígidos e duradouros. São como "lentes" por meio das quais interpretamos o mundo. Na TCC, identificar e trabalhar essas crenças é fundamental para a reestruturação cognitiva e para a mudança de padrões emocionais e comportamentais. Como se forma a crença de desamparo? Geralmente, essa crença se desenvolve a partir de experiências precoces marcadas por: Falta de apoio emocional consistente; Superproteção que invalida a capacidade da criança; Falhas em experiências de tentativa e erro (por exemplo, fracassos repetidos sem validação ou orientação); Ambientes instáveis ou caóticos, onde tudo parecia imprevisível. Essas vivências contribuem para que a pessoa internalize mensagens como: “Sou fraco.” “Não consigo lidar com a vida.” “Outros conseguem, mas eu não.” Impactos na vida adulta  Adultos com crença de desamparo tendem a: Evitar desafios, por medo do fracasso; Desenvolver baixa autoestima; Sentir-se paralisados diante de decisões importantes; Ser mais suscetíveis à depressão; Ter maior dificuldade em sair de situações abusivas ou insatisfatórias (relacionamentos, empregos, etc.). Como a TCC trabalha essa crença? Psicoeducação: Ensinar o paciente sobre como crenças moldam seus pensamentos e comportamentos. Registro de pensamentos disfuncionais: Identificar situações que ativam o desamparo. Testes de realidade: Incentivar o paciente a agir apesar da crença (exposição gradual). Experiências corretivas: Criar oportunidades para que o paciente vivencie situações em que tenha sucesso e sinta controle. Resgate de evidências contrárias: Buscar no passado momentos em que ele foi eficaz ou superou dificuldades. Construção de crenças alternativas: Como “Posso aprender a lidar com isso” ou “Sou capaz de me desenvolver.” Crenças nucleares e desamparo aprendido Vale destacar a proximidade entre essa crença e o conceito de “desamparo aprendido” de Martin Seligman. Quando uma pessoa experimenta repetidamente a sensação de que nada que ela faz muda sua realidade, ela pode parar de tentar — mesmo quando, objetivamente, a mudança é possível. A TCC ajuda o paciente a retomar a agência sobre sua vida.
Por Matheus Santos 21 de julho de 2025
Na estrutura da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), poucas construções são tão centrais quanto as crenças nucleares — ideias profundamente arraigadas que o indivíduo tem sobre si, o mundo e os outros. Dentre essas crenças, as de desvalor pessoal são, talvez, as mais comuns e devastadoras na clínica. Elas formam o pano de fundo para uma série de sintomas de transtornos como depressão, transtorno de ansiedade social, transtornos alimentares e diversos quadros de sofrimento emocional. O que são crenças de desvalor? Crenças de desvalor pessoal são ideias centrais negativas que a pessoa tem sobre si mesma. Elas não são simples pensamentos automáticos que surgem ocasionalmente — são verdades absolutas internalizadas, como: “Sou um fracasso.” “Sou inadequado.” “Não tenho valor.” “Nunca serei bom o suficiente.” Elas costumam ser formadas na infância e adolescência, a partir de experiências de rejeição, crítica constante, abandono emocional, bullying, negligência ou comparações desvalorizadoras com irmãos, colegas ou modelos sociais. Como essas crenças se formam? A criança, em um esforço de sobrevivência emocional, tenta entender o porquê de suas experiências dolorosas. Ao invés de pensar que o cuidador está errado, ela conclui: “Se minha mãe não me dá atenção, deve ser porque sou indigno de amor.” Assim, a experiência negativa é interpretada como evidência de que há algo de errado com ela. Com o tempo, essas ideias se tornam o filtro através do qual a pessoa interpreta todas as suas experiências. Um elogio é minimizado (“ele só disse isso por educação”), um erro é supervalorizado (“sou um idiota”), e os sucessos são descartados (“qualquer um teria conseguido”). Como se manifestam na clínica? Pacientes com crenças de desvalor tendem a: Ter baixa autoestima crônica; Ser altamente autocríticos , mesmo diante de pequenas falhas; Sentir-se constantemente inseguros ou inadequados ; Desenvolver padrões de perfeccionismo como tentativa de compensar a crença (“só serei aceito se for perfeito”); Apresentar sintomas depressivos, como desânimo, anedonia e desesperança. Nos quadros de depressão, por exemplo, o paciente pode expressar frases como: “Não importa o que eu faça, nunca vou ser suficiente.” Essa verbalização é reflexo direto da crença de desvalor. É a raiz de interpretações distorcidas e estratégias comportamentais disfuncionais, como isolamento, procrastinação ou autossabotagem. Técnicas para identificar crenças de desvalor Durante o processo terapêutico, o terapeuta cognitivo-comportamental utiliza diversas estratégias para identificar essas crenças, como: Flecha descendente (downward arrow) : técnica de questionamento socrático para acessar camadas mais profundas do pensamento automático. Exemplo: Paciente: “Acho que vão rir de mim se eu apresentar no trabalho.” Terapeuta: “E se isso acontecer, o que significaria para você?” Paciente: “Que eu sou ridículo.” Terapeuta: “E se for ridículo, o que isso diz sobre você?” Paciente: “Que eu sou um fracasso.” Análise de padrões recorrentes : observar as situações nas quais a pessoa se sente inferiorizada ou se autodeprecia. Registro de pensamentos disfuncionais : ajuda o paciente a tomar consciência das interpretações automáticas e de como elas reforçam a crença negativa. Intervenções terapêuticas Uma vez identificada a crença de desvalor, a TCC propõe um processo sistemático de reestruturação cognitiva , que envolve: Psicoeducação sobre o modelo cognitivo e a função das crenças centrais; Testes comportamentais para gerar experiências corretivas que contradizem a crença; Reformulação de significados com base na história de vida (por exemplo, entendendo que o abandono de um pai não diz nada sobre o valor pessoal do paciente); Substituição gradual por crenças alternativas mais realistas e funcionais , como “Eu tenho valor independentemente dos meus erros”. Importante: esse processo é lento e emocionalmente denso . As crenças centrais não mudam com uma simples argumentação racional — elas requerem repetição, evidências concretas, acolhimento da dor e, muitas vezes, a reconexão com aspectos da história de vida que ficaram sem elaboração emocional. Relações com outras áreas da psicoterapia Embora esse conceito tenha origem na TCC tradicional, ele dialoga profundamente com:  Os esquemas disfuncionais precoces , da Terapia do Esquema (Young, 2003); A noção de autoimagem negativa , abordada em terapias de terceira onda, como a ACT; A relação de apego e validação emocional , muito estudada em abordagens integrativas. Caminhos para aprofundamento Se você é psicólogo, estudante ou profissional da saúde mental e deseja aprofundar sua atuação clínica com base nas evidências científicas mais recentes, conheça os cursos do IC&C sobre TCC, Terapia do Esquema e outros temas ligados à psicoterapia baseada em evidências.
Por Matheus Santos 7 de julho de 2025
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Por Matheus Santos 7 de julho de 2025
A fusão cognitiva é um dos processos centrais da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e representa um dos principais alvos clínicos dentro das Terapias Contextuais. Ao entendermos como os indivíduos se relacionam com seus pensamentos, abrimos espaço para compreensões mais sofisticadas sobre o sofrimento humano e intervenções eficazes. Neste artigo, vamos abordar: O que é fusão cognitiva e como ela se desenvolve; Como a fusão contribui para a psicopatologia; Diferenças entre fusão e distorção cognitiva (TCC); Intervenções clínicas baseadas em desfusão; Linkagens com Terapia Baseada em Processos, TCC e Flexibilidade Psicológica; Referências empíricas e chamada para a Formação Permanente do IC&C. Veja também: Terapia Baseada em Processos: um novo paradigma na psicoterapia O que é Fusão Cognitiva? Na ACT, fusão cognitiva é a tendência a se envolver completamente com o conteúdo dos pensamentos, tomando-os como verdades literais, regras fixas ou comandos automáticos. Quando fundido, o indivíduo não enxerga os pensamentos como eventos mentais transitórios, mas como descrições precisas da realidade. Exemplos: Pensamento: "Sou um fracasso" → Fusão: "Logo, não devo nem tentar." Pensamento: "Ela me ignorou" → Fusão: "Ela me odeia." Fusão cognitiva e psicopatologia A fusão está ligada a diversos transtornos: Depressão: Fusão com autocríticas ("Sou insuficiente"); Ansiedade: Fusão com ameaças antecipatórias ("Vai dar tudo errado"); TOC: Fusão com pensamentos intrusivos ("Pensar isso significa que sou mau"); Transtornos alimentares: Fusão com crenças sobre corpo e valor pessoal. A fusão amplifica o impacto dos pensamentos e reduz a capacidade de agir de forma coerente com valores pessoais. Esse aprisionamento à linguagem interfere diretamente na flexibilidade psicológica. Leia também: Terapias Contextuais: uma evolução na abordagem da TCC Fusão x Distorção Cognitiva: qual a diferença? A TCC clássica trabalha com reestruturação cognitiva, ou seja, modificação de distorções cognitivas (erros de pensamento). Já a ACT não busca modificar o conteúdo, mas sim a relação com o pensamento.
Por Matheus Santos 7 de julho de 2025
A Terapia Cognitivo-Comportamental Transdiagnóstica surge como uma evolução natural da prática clínica contemporânea. Com a alta prevalência de comorbidades psiquiátricas, a necessidade de uma abordagem que transcenda categorizações diagnósticas torna-se urgente. A TCC transdiagnóstica propõe modelos baseados em processos psicopatológicos comuns a diversos transtornos, oferecendo eficiência e integração ao cuidado psicológico. Neste artigo, abordaremos: O que é a abordagem transdiagnóstica e como surgiu; Diferenças entre TCC específica e transdiagnóstica; Os principais modelos e evidências científicas; Vantagens e aplicações clínicas; Linkagens com temas como formulação de caso, terapia baseada em processos e raciocínio clínico. ma na psicoterapia O que é a TCC Transdiagnóstica? A abordagem transdiagnóstica busca identificar e tratar processos psicológicos subjacentes que se manifestam em diferentes transtornos mentais. Em vez de protocolos separados para depressão, ansiedade, TEPT ou TOC, por exemplo, ela foca em fatores comuns como: Evitação experiencial; Dificuldades de regulação emocional; Padrões de pensamento rígido ou dicotômico; Comportamentos de segurança. A proposta central é tratar os mecanismos centrais da psicopatologia , o que permite maior eficiência em casos de comorbidades. Veja também: Formulação de caso na TCC: da hipótese à intervenção estruturada Diferença entre TCC tradicional e TCC transdiagnóstica
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