ACT e relacionamentos: como melhorar conexões interpessoais
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A qualidade dos relacionamentos interpessoais está diretamente ligada ao bem-estar e à saúde mental de cada indivíduo. Em muitos casos, conflitos familiares, dificuldades de comunicação em relacionamentos amorosos ou problemas de convivência em grupos surgem não apenas das divergências externas, mas também da maneira como as pessoas lidam internamente com emoções, pensamentos e expectativas. É justamente nesse ponto que a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT – Acceptance and Commitment Therapy) se destaca: ao propor que os indivíduos desenvolvam flexibilidade psicológica, a ACT fornece ferramentas para melhorar conexões interpessoais, promovendo autenticidade, compaixão e compromisso com valores relacionais.
Neste texto, veremos como os princípios da ACT podem ser aplicados para fortalecer vínculos, reduzir conflitos e cultivar relações mais satisfatórias. Se você deseja aprofundar ainda mais seus conhecimentos em Terapias de Terceira Onda, Neuropsicologia ou Avaliação Neuropsicológica, convidamos a visitar o nosso blog e a conhecer a Formação Permanente da IC&C (Intervenções Cognitivas e Comportamentais), onde teoria e prática supervisionada se unem para auxiliar profissionais e pessoas interessadas em promover bem-estar psicológico.
Índice
- Fundamentos da ACT aplicados aos relacionamentos
- Principais processos da ACT e seu impacto nas conexões interpessoais
2.1 Aceitação e redução da reatividade emocional
2.2 Desfusão cognitiva e escuta empática
2.3 Contato com o momento presente e presença relacional
2.4 Eu como contexto: identidade e vínculos
2.5 Valores comuns e individuais
2.6 Ação comprometida: comportamentos que nutrem relações - Exemplos de intervenções de ACT para aprimorar relacionamentos
3.1 Exercício “um espaço para nós” em casais
3.2 Prática de mindfulness em família ou grupos
3.3 Definindo valores relacionais - Estudos de caso e evidências científicas
- Desafios e recomendações ao aplicar ACT em relacionamentos
- Conclusão e próximos passos
1. Fundamentos da ACT aplicados aos relacionamentos
A ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso) baseia-se na ideia de que o sofrimento surge, em grande parte, das tentativas de controlar ou evitar experiências internas desconfortáveis. Nos relacionamentos, muitas vezes há fricções por conta de expectativas, emoções negativas, medos de rejeição e padrões reativos que impedem a comunicação autêntica.
Quando consideramos a flexibilidade psicológica proposta pela ACT, percebemos que:
- Aceitar pensamentos e emoções em vez de tentar “corrigi-los” pode evitar conflitos escalonados por reatividade.
- Desfusão reduz a fusão com narrativas ou rótulos sobre o outro (“Ele(a) sempre faz isso” / “Não muda nunca!”), abrindo espaço para uma escuta mais compassiva.
- Valores relacionais são descobertos ou resgatados, fortalecendo o engajamento em ações que sustentem vínculos saudáveis.
Assim, a ACT propicia um olhar que acolhe as emoções no relacionamento, mas orienta comportamentos coerentes com os valores de respeito, afeto ou colaboração, mesmo na presença de desconforto.
2. Principais processos da ACT e seu impacto nas conexões interpessoais
2.1 Aceitação e redução da reatividade emocional
Muitas brigas e rupturas se dão pela tentativa de controlar o que sentimos ou o que o outro sente. A ACT convida a aceitar sensações e pensamentos negativos em relação ao parceiro, familiar ou amigo, reconhecendo-os como parte da experiência humana. Em vez de tentar suprimir a raiva ou a decepção, o indivíduo acolhe essas emoções, mas reflete sobre como reagir construtivamente.
2.2 Desfusão cognitiva e escuta empática
No contexto interpessoal, “desfusão” significa perceber que as crenças e julgamentos (ex.: “Ele não se importa comigo”, “Ela nunca me ouve”) são eventos mentais, não realidades absolutas. Ao praticar a desfusão, a pessoa aprende a suspender rótulos e abrir espaço para uma escuta mais empática — ouvindo o outro sem filtrar tudo pela lente de interpretações prontas.
2.3 Contato com o momento presente e presença relacional
Mindfulness não é útil apenas para regular ansiedade individual, mas também para fomentar presença relacional. Em conflitos, podemos estar tão envolvidos em pensamentos passados ou preocupações futuras que perdemos a capacidade de ouvir e sentir o que está sendo comunicado aqui e agora. A ACT propõe ancorar a atenção na interação presente, percebendo inclusive sinais corporais e emocionais que surgem durante a conversa.
2.4 Eu como contexto: identidade e vínculos
Trazer o eu como contexto ajuda na distinção entre “eu sou uma pessoa que teve essa emoção” versus “eu sou essa emoção”. Ao adotar essa perspectiva, o indivíduo lida melhor com inseguranças e histórias de relacionamento que podem levar a comportamentos defensivos ou fuga. “Eu tive experiências ruins no passado, mas isso não me define completamente” pode ser um mantra que ajuda na construção de relacionamentos mais saudáveis.
2.5 Valores comuns e individuais
Em relacionamentos (sejam amorosos, familiares ou de amizade), identificar valores compartilhados e respeitar valores individuais se torna essencial para uma convivência harmônica. A ACT estimula a clarificação dessas prioridades, para que cada um se comprometa com comportamentos que reflitam tais valores, mesmo quando surgem divergências.
2.6 Ação comprometida: comportamentos que nutrem relações
Não basta refletir e aceitar. A ACT salienta agir de acordo com os valores, mesmo que haja desconforto. Por exemplo, se o valor é “manter a relação com honestidade”, a pessoa se propõe a conversar abertamente sobre um incômodo, apesar do medo de rejeição. Ou, se o valor é “demonstrar afeto”, pode optar por gestos de carinho ou cuidado rotineiros, mesmo quando surge preguiça ou insegurança.
3. Exemplos de intervenções de ACT para aprimorar relacionamentos
3.1 Exercício “um espaço para nós” em casais
- Objetivo: Promover um momento de conexão e aceitação mútua.
- Procedimento: O terapeuta orienta ambos a se sentarem frente a frente, fecharem os olhos e observarem a própria respiração por um minuto. Depois, abrem os olhos e tentam descrever, com calma e sem julgamento, o que sentem ao ver o parceiro. A ideia é acolher sensações (afetos, possíveis mágoas) sem negar e expressar uma intenção de estar presente juntos.
- Efeito: Cria empatia, reduz reatividade e reforça valores de união e respeito.
3.2 Prática de mindfulness em família ou grupos
- Objetivo: Cultivar atenção plena nas relações familiares.
- Procedimento: Podem ser práticas breves de mindful eating em conjunto, onde cada membro observa o sabor, textura do alimento, evitando distrações. Ou um “tempo de silêncio” antes das refeições para perceber respiração e estado interno.
- Efeito: Ao praticar mindfulness coletivamente, a família ou grupo treina estar presente e respeitar o ritmo e as emoções de cada um.
3.3 Definindo valores relacionais
- Objetivo: Explorar o que cada membro da relação considera importante (ex.: lealdade, confiança, liberdade).
- Procedimento: Em terapia de casal ou familiar, o terapeuta conduz dinâmicas de brainstorming sobre valores e metas conjuntas. O grupo escolhe prioridades e discute como agir no cotidiano para manifestar essas intenções.
- Efeito: Desloca a atenção do problema pontual para a reconexão com os princípios que fundamentam o relacionamento.
4. Estudos de caso e evidências científicas
A ACT tem sido aplicada em cenários de terapia de casal, conflitos familiares e até mediação de questões grupais. Ensaios clínicos preliminares sugerem que, ao trabalhar processos de desfusão, aceitação e valores, os casais podem reduzir criticismo, melhorar comunicação e elevar sentimentos de conexão. Em grupos familiares, a adoção de mindfulness e aceitação pode amenizar tensões de longa data.
Estudo de caso:
- Casal em crise por repetidas discussões sobre finanças, cada um atribuindo culpa ao outro. Implementou-se sessões de ACT focadas em identificar pensamentos recorrentes (“ele não me respeita”, “ela nunca confia em mim”), desfusão dessas ideias e exercícios de escuta compassiva no momento presente. Também definiram valores relacionais (solidariedade, apoio mútuo). Em poucas semanas, relataram redução de brigas e maior sensação de parceria.
5. Desafios e recomendações ao aplicar ACT em relacionamentos
- Resistência ao “permitir emoções”: Alguns membros podem temer que aceitar emoções signifique concordar com comportamentos tóxicos do outro. É crucial explicar que aceitação não é passividade; é perceber o que acontece internamente sem negar ou alimentar reatividade.
- Questões de segurança: Em casos de violência doméstica ou abuso emocional, a abordagem relacional deve ser cuidadosamente avaliada. Aceitação, aqui, não implica manter-se em situação de perigo, mas tomar ações de autoproteção alinhadas a valores de segurança e dignidade.
- Necessidade de supervisão: A ACT pode exigir que o terapeuta domine exercícios experienciais e trabalhe intensamente com as emoções do grupo. Formação e supervisão adequadas são fundamentais.
6. Conclusão e próximos passos
A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) contribui profundamente para a melhoria de relações interpessoais, oferecendo instrumentos para reduzir reatividade, cultivar presença relacional, desfazer rótulos e alinhar comportamentos a valores compartilhados. Em um mundo onde os conflitos e desencontros na comunicação são crescentes, a ACT promove uma postura compassiva e responsável, construindo pontes de conexão mesmo nas diferenças.
Para terapeutas e indivíduos interessados, recomenda-se:
- Aprendizado prático de exercícios de desfusão e mindfulness aplicados a relacionamentos.
- Clareza de valores individuais e comuns, orientando ações comprometidas no cotidiano.
- Supervisão e estudos de caso sobre ACT voltada a casais, famílias ou grupos, reforçando a capacidade de lidar com as nuances emocionais de cada sistema.
Se você deseja aprimorar suas competências na integração de ACT e outras Terapias de Terceira Onda para favorecer conexões interpessoais, convidamos a conhecer a Formação Permanente da IC&C (Intervenções Cognitivas e Comportamentais), onde teoria e prática supervisionada se unem para fornecer ferramentas eficazes em contextos diversos. Além disso, nosso blog oferece artigos e reflexões sobre Neuropsicologia, Avaliação Neuropsicológica e Terapias de Terceira Onda que podem inspirar novas intervenções e aprofundar seu conhecimento clínico.
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