Terapia de Aceitação e Compromisso e a prevenção do burnout

Matheus Santos • 1 de março de 2025

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A Síndrome de Burnout é um estado de esgotamento físico e mental relacionado à sobrecarga ou ao estresse excessivo no ambiente de trabalho. Mais do que um simples cansaço, o Burnout costuma provocar exaustão emocional, despersonalização e sensação de ineficácia, trazendo prejuízos significativos para a vida pessoal e profissional do indivíduo. Nesse cenário, a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), uma das principais abordagens da chamada Terapia de Terceira Onda, tem se mostrado cada vez mais relevante para a prevenção e o enfrentamento desse problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.


Este texto irá explorar a fundo os principais conceitos da ACT, a compreensão do Burnout do ponto de vista psicológico, bem como estratégias práticas para prevenir e manejar esse quadro. Além disso, abordaremos a Avaliação Psicológica e a Avaliação Neuropsicológica como ferramentas fundamentais para mapear fatores cognitivos e emocionais que podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome.


Ao final do texto, você encontrará uma chamada para ação para conhecer nossa Formação Permanente, um programa que oferece suporte contínuo para profissionais que desejam aprofundar seus conhecimentos em Neuropsicologia, Psicologia e Terapias de Terceira Onda. Também o convidaremos a explorar artigos específicos no nosso blog da IC&C para se manter atualizado.


Sumário


  1. O que é Burnout?
  2. Como a ACT se encaixa na Terapia de Terceira Onda
  3. Princípios fundamentais da Terapia de Aceitação e Compromisso
  4. Estratégias da ACT para prevenção do Burnout
  5. Avaliação Psicológica e Neuropsicológica no contexto do Burnout
  6. Benefícios e desafios na aplicação da ACT para Burnout
  7. Conclusão
  8. Chamada para ação


O que é Burnout?


A Síndrome de Burnout é caracterizada por um alto nível de estresse relacionado ao trabalho, levando a uma combinação de exaustão física e emocional, distanciamento afetivo e sentimento de ineficiência. Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um fenômeno ocupacional, o Burnout não afeta apenas a saúde mental do indivíduo, mas pode impactar diretamente sua produtividade, relações interpessoais e qualidade de vida.


Principais características do Burnout


  • Exaustão emocional: sensação de não ter mais energia para realizar tarefas, seja no contexto profissional ou em outras esferas da vida.
  • Despersonalização (ou cinismo): postura de indiferença ou distanciamento em relação a colegas, clientes ou pacientes, frequentemente expressa por irritabilidade ou falta de empatia.
  • Sensação de ineficácia: sentimento de incompetência ou falta de realização pessoal no trabalho, alimentando baixa autoestima e frustração.


É importante salientar que cada pessoa vivencia o Burnout de forma única. Fatores individuais, como características de personalidade, condições de trabalho e histórico prévio de transtornos mentais, podem influenciar tanto a intensidade quanto a forma como o quadro se manifesta.


Dica de leitura: Para quem deseja entender mais sobre como questões cognitivas e comportamentais se relacionam com o Burnout, recomendamos este artigo do nosso blog que explora de que modo a Avaliação Neuropsicológica pode ajudar a mapear dificuldades que contribuem para a manifestação dessa síndrome.


Como a ACT se encaixa na Terapia de Terceira Onda


A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) faz parte de um grupo de abordagens cognitivo-comportamentais conhecidas como Terapias de Terceira Onda. Enquanto as primeiras ondas da TCC focam principalmente na modificação direta de comportamentos e pensamentos disfuncionais, a terceira onda (ACT, DBT, MBCT, entre outras) enfatiza a relação que a pessoa estabelece com os próprios pensamentos e emoções.


Principais diferenciais da ACT


  1. Aceitação: em vez de lutar constantemente para eliminar sentimentos ou pensamentos desagradáveis, a ACT sugere que o indivíduo desenvolva uma postura mais acolhedora e menos reativa em relação aos conteúdos internos.
  2. Mindfulness: práticas de atenção plena visam ajudar a pessoa a permanecer no momento presente, reconhecendo e aceitando sensações, emoções e cognições sem se perder nelas.
  3. Valores pessoais: ao explorar o que de fato é importante para o indivíduo, a ACT promove ações direcionadas pelos valores fundamentais, o que gera motivação e sentido na vida.
  4. Compromisso: após identificar valores e trabalhar a aceitação, o próximo passo é assumir um compromisso comportamental, direcionando a vida na direção que faz sentido para a pessoa.


A ACT não é uma negação das técnicas cognitivo-comportamentais tradicionais, mas sim uma expansão do repertório de intervenções. Sua aplicação para a prevenção do Burnout se tornou especialmente relevante, pois grande parte do sofrimento associado ao estresse ocupacional está na forma como a pessoa lida com demandas externas e internas, incluindo padrões de perfeccionismo, medo do fracasso e excesso de autocrítica.


Princípios fundamentais da Terapia de Aceitação e Compromisso


Para compreender como a ACT pode auxiliar na prevenção do Burnout, é fundamental conhecer seus principais pilares. A abordagem se baseia em seis processos centrais, que podem ser agrupados em três dimensões:


1. Aceitação e Mindfulness


  • Aceitação (Acceptance): trata-se de acolher os eventos internos (sensações, emoções e pensamentos) em vez de tentar combatê-los ou evitá-los. É um processo ativo, que requer abertura e disposição para sentir.
  • Desfusão cognitiva (Cognitive Defusion): técnica que ensina o indivíduo a se distanciar de seus pensamentos, percebendo-os como eventos mentais, e não como verdades absolutas.


2. Contato com o momento presente e Self como contexto


  • Contato com o momento presente: práticas de mindfulness e outros exercícios de atenção plena auxiliam a pessoa a se conectar com o aqui e agora, reduzindo ruminações sobre o passado ou preocupações excessivas com o futuro.
  • Self como contexto: propõe a ideia de que o indivíduo não é o conteúdo de seus pensamentos, mas aquele que observa esses pensamentos. Isso favorece a flexibilidade para lidar com estados internos difíceis.


3. Valores e Ação comprometida


  • Clareza de valores (Values): identificação e esclarecimento do que é realmente importante e significativo na vida do indivíduo, servindo como guia para suas decisões e comportamentos.
  • Ação comprometida (Committed Action): envolve estabelecer metas e agir de forma coerente com os valores identificados, mesmo diante de obstáculos internos (medos, inseguranças) e externos.


Por que esses processos são relevantes para quem sofre de Burnout?


Porque grande parte do esgotamento crônico advém de conflitos entre o que a pessoa
valoriza e o que ela está fazendo no dia a dia. Muitos profissionais acabam ignorando necessidades pessoais (de descanso, lazer e convívio social) em prol de metas de produtividade que não refletem necessariamente seus valores mais profundos. Nesse contexto, a ACT ajuda a retomar o alinhamento entre escolhas diárias e propósitos de vida.


Estratégias da ACT para prevenção do Burnout


A prevenção do Burnout por meio da ACT envolve a aplicação prática desses princípios. Abaixo, listamos algumas estratégias e exercícios que podem ser utilizados por profissionais de saúde mental e pelos próprios indivíduos interessados em reforçar a saúde emocional no ambiente de trabalho.


1. Exercícios de Aceitação


  • Escala de desconforto: pedir ao paciente para avaliar, em uma escala de 0 a 10, o nível de desconforto sentido ao entrar em contato com situações estressoras. A ideia é treinar a percepção desse desconforto para, gradualmente, aceitar sua presença em vez de evitá-lo.
  • Prática de respiração focada: quando pensamentos de cansaço extremo ou irritação surgirem, a pessoa é orientada a fazer respirações profundas e focar nas sensações físicas, permitindo que os pensamentos e emoções existam sem precisar suprimi-los.


2. Desfusão cognitiva no ambiente de trabalho


  • Rotulando pensamentos: quando surge um pensamento do tipo “sou incompetente” ou “eu não vou dar conta”, a pessoa aprende a rotular esses pensamentos como “estou tendo o pensamento de que sou incompetente”, criando um distanciamento que reduz o impacto emocional.
  • Exercício de “folha no riacho”: imaginar que cada pensamento desagradável é colocado em uma folha que flutua em um riacho, seguindo o fluxo da água. Isso exemplifica a impermanência dos pensamentos, que surgem e vão embora.


3. Contato com o momento presente


  • Mindfulness informal: ao longo do dia, reservar pequenos intervalos para prestar atenção, de forma intencional, ao que está acontecendo — sejam sensações corporais, estímulos do ambiente ou emoções que emergem.
  • Walking mindfulness: caminhar focando nos passos, na respiração e no contato dos pés com o chão. Em ambientes de trabalho maiores, pode ser feito nos corredores ou em espaços abertos.


4. Identificação de valores


  • Exercício de valores centrais: o terapeuta pode aplicar questionários ou promover reflexões que ajudem o indivíduo a elencar áreas importantes (família, carreira, saúde, espiritualidade, lazer, etc.) e a definir o que ele realmente valoriza em cada uma.
  • Construir metas alinhadas: a partir dos valores mapeados, traçar objetivos concretos que possam ser implementados gradualmente. Por exemplo, se a pessoa valoriza “qualidade no relacionamento familiar”, pode estabelecer uma meta de dedicar pelo menos duas noites da semana para atividades familiares.


5. Ação comprometida


  • Planejamento de mudança: definir passos específicos para alinhar as ações diárias aos valores. Isso pode envolver reorganizar horários, delegar tarefas, negociar prazos ou até mesmo buscar um novo emprego em casos extremos.
  • Autoavaliação contínua: criar um diário ou planilha para registrar as ações realizadas em prol dos valores declarados. Essa estratégia ajuda a manter a motivação e a identificar pontos de ajuste.


Avaliação Psicológica e Neuropsicológica no contexto do Burnout


Tanto a Avaliação Psicológica quanto a Avaliação Neuropsicológica são fundamentais para mapear aspectos cognitivos e emocionais que podem intensificar ou atenuar o risco de Burnout. Algumas das razões para isso incluem:


  1. Identificação de padrões de pensamento disfuncional: como perfeccionismo, autocrítica severa e tendência à ruminação, que muitas vezes impulsionam o estresse ocupacional.
  2. Avaliação de funções executivas: incluindo atenção, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva, frequentemente afetadas em quadros de estresse crônico.
  3. Mapeamento de reações emocionais: avaliação de traços de personalidade, níveis de ansiedade e sintomas depressivos que podem interagir com o contexto de trabalho.
  4. Planejamento terapêutico: com base nos resultados, o profissional pode indicar estratégias específicas de ACT ou de outras abordagens cognitivas que sejam mais adequadas a cada perfil.


Sugestão de leitura: se você deseja compreender em detalhes como uma avaliação robusta pode direcionar o tratamento e a prevenção do Burnout, confira este artigo no nosso blog sobre Avaliação Psicológica e Neuropsicológica e entenda por que esses processos são essenciais para um cuidado personalizado.


Benefícios e desafios na aplicação da ACT para Burnout


A ACT oferece uma abordagem inovadora que, ao invés de lutar contra pensamentos estressantes, promove a aceitação desses conteúdos internos ao mesmo tempo em que estimula ações consistentes com valores pessoais. Contudo, como qualquer modelo de intervenção, a aplicação no contexto do Burnout pode apresentar benefícios e desafios.


Benefícios


  • Flexibilidade psicológica: a pessoa aprende a lidar de forma mais saudável com eventos internos (emoções e pensamentos), evitando ruminações e melhorando sua capacidade de resiliência.
  • Alinhamento de valores e ações: a clareza de valores faz com que decisões profissionais e pessoais sejam tomadas com mais propósito, reduzindo o sentimento de vazio ou desconexão.
  • Ferramentas práticas: exercícios de mindfulness, desfusão cognitiva e aceitação podem ser facilmente integrados à rotina de trabalho, fortalecendo o manejo de situações estressoras.
  • Foco no “ser” em vez do “ter que ser”: há uma quebra do modelo perfeccionista que muitas vezes alimenta o Burnout, substituindo-o por uma postura de abertura e compromisso com o que realmente importa.


Desafios


  • Resistência inicial: muitos indivíduos acostumados a controlar ou reprimir emoções podem resistir ao conceito de “aceitação” e “flexibilidade”, considerando-os como fraqueza ou falta de ação.
  • Cultura organizacional: em empresas que reforçam a competitividade extrema e a disponibilidade total, o praticante de ACT pode encontrar barreiras para implementar mudanças relacionadas ao equilíbrio de vida e trabalho.
  • Falta de tempo: a rotina acelerada pode dificultar a prática de mindfulness e exercícios de reflexão de valores. Criar brechas na agenda é fundamental para implementar a ACT de forma efetiva.
  • Necessidade de suporte profissional: em casos mais graves, a autoaplicação de técnicas da ACT pode não ser suficiente, sendo indispensável o acompanhamento com psicólogos ou outros profissionais da saúde mental.


Conclusão


A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), como parte das Terapias de Terceira Onda, oferece uma abordagem eficaz e acolhedora para a prevenção do Burnout. Ao trabalhar a flexibilidade psicológica, a aceitação de pensamentos e emoções e a identificação de valores, a ACT possibilita que os indivíduos desenvolvam maior resiliência frente às pressões do dia a dia. Além disso, a ênfase no momento presente (mindfulness) e o compromisso em agir de forma coerente com aquilo que é significativo ajuda a criar um equilíbrio mais saudável entre vida pessoal e profissional.


A aplicação da ACT no contexto do Burnout se torna ainda mais potente quando combinada com uma Avaliação Psicológica e Avaliação Neuropsicológica cuidadosa, que permite identificar as características individuais, os pontos de vulnerabilidade e as forças de cada paciente. Com essa compreensão, o profissional de saúde mental consegue implementar intervenções mais precisas e personalizadas, aumentando as chances de sucesso e a satisfação do cliente ao longo do processo terapêutico.


Chamada para ação


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Por Matheus Santos 1 de agosto de 2025
Se você já estudou ou ouviu falar sobre a Terapia de Aceitação e Compromisso, provavelmente já se deparou com esta dúvida: Afinal, fala-se "á-ce-tê" ou “équiti”? A resposta, como muitas coisas na Psicologia baseada em evidências, é: depende . Neste texto, vamos explorar de onde vem essa confusão, o que dizem os próprios fundadores da ACT, como essa abordagem é chamada no Brasil e, mais importante, por que o conteúdo da terapia é muito mais relevante do que a forma como a sigla é pronunciada.  O que é ACT? ACT é a sigla para Acceptance and Commitment Therapy, uma abordagem da chamada terceira onda da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Seu objetivo é promover flexibilidade psicológica por meio de processos como: Aceitação experiencial; Desfusão cognitiva; Contato com o momento presente; Clareza de valores; Ação comprometida; E um senso de si como contexto. A ACT propõe que o sofrimento psicológico é intensificado quando tentamos controlar ou evitar experiências internas, como pensamentos, emoções e memórias. Em vez disso, convida o paciente a se abrir à experiência, conectando-se com seus valores mais profundos. Saiba mais: Terapias Contextuais: uma evolução na abordagem da TCC ACT ou “équiti”? De onde vem essa confusão? A sigla ACT vem do inglês, e nos países de língua inglesa costuma ser pronunciada como uma palavra: “act” (como o verbo “agir”), soando algo como “équiti”. No entanto, no Brasil — como acontece com outras siglas — muitas pessoas optam por soletrar: á-ce-tê , seguindo a lógica da pronúncia literal das letras. Essa diferença de pronúncia pode causar estranhamento, especialmente em contextos acadêmicos, congressos ou supervisões clínicas. Mas a verdade é que ambas as formas são utilizadas no Brasil e, o mais importante: não há certo ou errado . O que dizem os fundadores da ACT? Steven C. Hayes, um dos criadores da abordagem, já afirmou publicamente que não se importa com a pronúncia da sigla. Em suas palavras: “Chame do jeito que quiser. O que importa é a ciência por trás da abordagem, não como você fala o nome.” Ou seja: se até o próprio criador da ACT é flexível sobre a pronúncia, talvez nós também devêssemos ser. Por que isso importa menos do que parece A Psicologia baseada em evidências tem como um de seus pilares a clareza conceitual e a comunicação acessível . Mas isso não significa rigidez linguística. A preocupação maior deve ser com: A compreensão dos processos fundamentais da ACT ; A formulação de caso com base em flexibilidade psicológica ; O uso ético e fundamentado da abordagem; E a constante formação e supervisão para uma atuação de qualidade. Seja você do time “á-ce-tê” ou “équiti”, o essencial é colocar os princípios da ACT em prática , com sensibilidade, técnica e respeito à diversidade dos pacientes. Leia também: TCC Transdiagnóstica: uma abordagem integrativa para múltiplos transtornos ACT no Brasil: uma abordagem em expansão A ACT vem ganhando cada vez mais espaço na formação de psicólogos e psiquiatras brasileiros. É usada no tratamento de transtornos como: Ansiedade generalizada; Depressão maior; TOC; Transtorno de personalidade borderline; Dor crônica; E diversos outros contextos clínicos e hospitalares. A abordagem também tem sido estudada e aplicada em contextos educacionais, organizacionais e sociais , mostrando sua versatilidade. Conclusão: fale como quiser, mas conheça profundamente A questão da pronúncia de ACT é legítima, mas secundária diante da importância clínica e científica da abordagem . Seja qual for sua escolha fonética, o importante é continuar estudando, se atualizando e aplicando a ACT com base nos princípios que a tornaram uma das terapias mais promissoras do século XXI. Quer aprofundar seus conhecimentos em ACT, TCC e outras abordagens baseadas em evidências? Participe da nossa Formação Permanente e faça parte de uma comunidade que valoriza ciência, prática clínica e transformação social.
Por Matheus Santos 25 de julho de 2025
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Por Matheus Santos 25 de julho de 2025
A entrevista inicial é uma das etapas mais decisivas no processo psicoterapêutico. Ela não apenas estabelece o vínculo terapêutico, mas também começa a revelar as estruturas cognitivas profundas que sustentam o sofrimento do paciente. Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), essas estruturas são chamadas de crenças centrais – ideias rígidas e globais sobre o self, o mundo e os outros. Mas será que é possível começar a identificá-las logo no primeiro encontro? A resposta é sim – desde que o terapeuta esteja atento aos padrões de linguagem, temas recorrentes e pistas emocionais que emergem na narrativa do paciente. Neste artigo, você vai aprender: O que são crenças centrais e por que elas importam desde o início; Como observá-las já na entrevista inicial; Técnicas e perguntas estratégicas; Exemplos clínicos; Como integrar essas informações na formulação de caso. O que são crenças centrais? Crenças centrais são convicções globais, absolutas e duradouras que a pessoa desenvolve ao longo da vida. São internalizadas especialmente na infância e adolescência, geralmente a partir de experiências emocionais significativas. Estas crenças moldam a maneira como a pessoa interpreta o mundo e reagem às situações do cotidiano. Exemplos: “Sou inferior aos outros.” “As pessoas sempre me abandonam.” “O mundo é um lugar perigoso.” Essas crenças nem sempre são verbalizadas diretamente, mas orientam os pensamentos automáticos e comportamentos disfuncionais que o paciente manifesta no presente. Por que identificar crenças centrais já no início? Embora a reestruturação dessas crenças ocorra em fases mais avançadas da terapia, identificar traços ou pistas logo na primeira sessão pode oferecer grandes benefícios: Antecipar hipóteses de formulação de caso ; Criar aliança terapêutica mais empática , demonstrando compreensão das dores centrais; Ajudar o paciente a dar sentido ao próprio sofrimento desde os primeiros encontros; Direcionar intervenções iniciais mais eficazes , mesmo que não sejam ainda focadas na reestruturação de crenças. Como observar crenças centrais na entrevista inicial? Durante a entrevista, as crenças centrais costumam aparecer de forma implícita , escondidas atrás da queixa principal ou da forma como o paciente conta sua história. Aqui estão alguns sinais importantes para ficar atento: 1. Padrões de linguagem Preste atenção em frases absolutas ou dicotômicas: “Eu sempre estrago tudo.” “Nunca consigo ser bom o suficiente.” “Não posso confiar em ninguém.” Essas expressões sinalizam generalizações cognitivas típicas de crenças centrais. 2. Narrativas repetitivas Quando o paciente retorna várias vezes ao mesmo tipo de evento ou emoção (ex: rejeição, humilhação, abandono), há grandes chances de estar verbalizando conteúdo ligado a uma crença mais profunda. 3. Reações emocionais intensas Se, ao relatar um episódio, o paciente manifesta emoções desproporcionais (choro súbito, raiva intensa, medo paralisante), aquilo pode estar tocando em uma ferida mais antiga – uma crença estruturante. 4. Estilo de apego e história de desenvolvimento Perguntas sobre infância, relacionamentos com cuidadores e figuras importantes costumam revelar temas centrais como valor pessoal, dignidade, amor e segurança. 🧠 Leia também: Formulação de caso na TCC: da hipótese à intervenção estruturada Perguntas estratégicas para acessar crenças centrais Algumas perguntas podem ajudar a revelar, de forma indireta, o conteúdo das crenças centrais logo no início: “Quando isso acontece, o que você acredita sobre você mesmo?” “Que tipo de pessoa você sente que é diante disso?” “O que você teme que esse episódio diga sobre você?” “Que conclusão tirou sobre si mesmo(a) depois desse acontecimento?” “Se fosse uma criança passando por isso, o que ela poderia acreditar sobre si?” Essas perguntas ajudam o paciente a sair da descrição factual do evento e entrar em níveis mais profundos de processamento . Técnica da flecha descendente (early use) Embora usada geralmente em sessões posteriores, a técnica da flecha descendente pode ser aplicada suavemente já na entrevista inicial, com o objetivo de testar hipóteses: Exemplo: Paciente: “Fui demitido, de novo. Acho que nunca vou ser bom o suficiente.” Terapeuta: “E se você nunca for bom o suficiente… o que isso diria sobre você?” Paciente: “Que eu sou um fracasso.” ➡️ A crença central está emergindo: “Sou um fracasso.” Como anotar e usar essas informações Você pode registrar essas pistas como hipóteses iniciais da formulação de caso, com a consciência de que elas serão testadas e aprofundadas ao longo do processo terapêutico. Modelo de anotação prática: - Queixa principal: medo de rejeição profissional - Pensamento automático: “Não vão querer me manter no trabalho.” - Padrões observados: histórico de demissões, evitação de avaliação, hipervigilância - Hipótese de crença central: “Sou incompetente.” - Evidência: linguagem autorreferente depreciativa + experiências passadas Conclusão A identificação precoce das crenças centrais é uma habilidade poderosa para qualquer terapeuta cognitivo-comportamental. Ainda que a reestruturação aconteça mais adiante, reconhecer padrões profundos desde o início da terapia aumenta a eficácia da formulação, fortalece a aliança terapêutica e direciona o plano de tratamento com mais precisão . É como começar a montar um quebra-cabeça sabendo qual imagem final se espera – mesmo que ainda faltem várias peças. 🚀 Quer dominar a identificação e reestruturação de crenças centrais de forma técnica e humanizada?  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Por Matheus Santos 24 de julho de 2025
Na prática clínica com Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), dois conceitos centrais permeiam o raciocínio clínico: crenças centrais e pensamentos automáticos . Embora relacionados, eles operam em níveis diferentes da cognição e exigem estratégias distintas de identificação e intervenção. Neste artigo, vamos esclarecer: O que são crenças centrais e pensamentos automáticos; Como identificar cada um na prática clínica; Diferenças conceituais e funcionais; Técnicas para trabalhar com cada um; Exemplos práticos e formulários úteis; Linkagens com formulação de caso, TCC transdiagnóstica e terceira onda.  O que são pensamentos automáticos? Os pensamentos automáticos são cognições que surgem espontaneamente em resposta a situações do cotidiano. São geralmente breves, rápidos, e podem não ser totalmente conscientes, mas afetam diretamente as emoções e comportamentos. Exemplos: “Vou fracassar nessa entrevista.” “Ela não respondeu — devo ter feito algo errado.” “Não vou conseguir lidar com isso.” Eles são mais fáceis de acessar no início da terapia e servem como ponto de entrada para o trabalho com crenças mais profundas. O que são crenças centrais? As crenças centrais são estruturas cognitivas profundas e duradouras , formadas ao longo da vida, especialmente na infância. São absolutas, globais e muitas vezes inconscientes, funcionando como lentes através das quais a pessoa interpreta o mundo . Exemplos: “Sou um fracasso.” “O mundo é perigoso.” “As pessoas vão me abandonar.” Essas crenças organizam uma série de pensamentos automáticos e são mantidas por esquemas cognitivos disfuncionais.
Por Matheus Santos 21 de julho de 2025
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Por Matheus Santos 21 de julho de 2025
“Não importa o que eu faça, nada vai mudar.” Essa frase resume bem a crença central de desamparo, uma das mais comuns em pacientes que buscam a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Essa crença está na base de quadros como depressão, ansiedade generalizada, fobia social e até transtornos de personalidade. Ela carrega a sensação de impotência diante da vida, como se os eventos fossem incontroláveis ou o indivíduo fosse incapaz de lidar com eles. O que são crenças centrais? As crenças centrais são esquemas cognitivos profundos, rígidos e duradouros. São como "lentes" por meio das quais interpretamos o mundo. Na TCC, identificar e trabalhar essas crenças é fundamental para a reestruturação cognitiva e para a mudança de padrões emocionais e comportamentais. Como se forma a crença de desamparo? Geralmente, essa crença se desenvolve a partir de experiências precoces marcadas por: Falta de apoio emocional consistente; Superproteção que invalida a capacidade da criança; Falhas em experiências de tentativa e erro (por exemplo, fracassos repetidos sem validação ou orientação); Ambientes instáveis ou caóticos, onde tudo parecia imprevisível. Essas vivências contribuem para que a pessoa internalize mensagens como: “Sou fraco.” “Não consigo lidar com a vida.” “Outros conseguem, mas eu não.” Impactos na vida adulta  Adultos com crença de desamparo tendem a: Evitar desafios, por medo do fracasso; Desenvolver baixa autoestima; Sentir-se paralisados diante de decisões importantes; Ser mais suscetíveis à depressão; Ter maior dificuldade em sair de situações abusivas ou insatisfatórias (relacionamentos, empregos, etc.). Como a TCC trabalha essa crença? Psicoeducação: Ensinar o paciente sobre como crenças moldam seus pensamentos e comportamentos. Registro de pensamentos disfuncionais: Identificar situações que ativam o desamparo. Testes de realidade: Incentivar o paciente a agir apesar da crença (exposição gradual). Experiências corretivas: Criar oportunidades para que o paciente vivencie situações em que tenha sucesso e sinta controle. Resgate de evidências contrárias: Buscar no passado momentos em que ele foi eficaz ou superou dificuldades. Construção de crenças alternativas: Como “Posso aprender a lidar com isso” ou “Sou capaz de me desenvolver.” Crenças nucleares e desamparo aprendido Vale destacar a proximidade entre essa crença e o conceito de “desamparo aprendido” de Martin Seligman. Quando uma pessoa experimenta repetidamente a sensação de que nada que ela faz muda sua realidade, ela pode parar de tentar — mesmo quando, objetivamente, a mudança é possível. A TCC ajuda o paciente a retomar a agência sobre sua vida.
Por Matheus Santos 21 de julho de 2025
Na estrutura da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), poucas construções são tão centrais quanto as crenças nucleares — ideias profundamente arraigadas que o indivíduo tem sobre si, o mundo e os outros. Dentre essas crenças, as de desvalor pessoal são, talvez, as mais comuns e devastadoras na clínica. Elas formam o pano de fundo para uma série de sintomas de transtornos como depressão, transtorno de ansiedade social, transtornos alimentares e diversos quadros de sofrimento emocional. O que são crenças de desvalor? Crenças de desvalor pessoal são ideias centrais negativas que a pessoa tem sobre si mesma. Elas não são simples pensamentos automáticos que surgem ocasionalmente — são verdades absolutas internalizadas, como: “Sou um fracasso.” “Sou inadequado.” “Não tenho valor.” “Nunca serei bom o suficiente.” Elas costumam ser formadas na infância e adolescência, a partir de experiências de rejeição, crítica constante, abandono emocional, bullying, negligência ou comparações desvalorizadoras com irmãos, colegas ou modelos sociais. Como essas crenças se formam? A criança, em um esforço de sobrevivência emocional, tenta entender o porquê de suas experiências dolorosas. Ao invés de pensar que o cuidador está errado, ela conclui: “Se minha mãe não me dá atenção, deve ser porque sou indigno de amor.” Assim, a experiência negativa é interpretada como evidência de que há algo de errado com ela. Com o tempo, essas ideias se tornam o filtro através do qual a pessoa interpreta todas as suas experiências. Um elogio é minimizado (“ele só disse isso por educação”), um erro é supervalorizado (“sou um idiota”), e os sucessos são descartados (“qualquer um teria conseguido”). Como se manifestam na clínica? Pacientes com crenças de desvalor tendem a: Ter baixa autoestima crônica; Ser altamente autocríticos , mesmo diante de pequenas falhas; Sentir-se constantemente inseguros ou inadequados ; Desenvolver padrões de perfeccionismo como tentativa de compensar a crença (“só serei aceito se for perfeito”); Apresentar sintomas depressivos, como desânimo, anedonia e desesperança. Nos quadros de depressão, por exemplo, o paciente pode expressar frases como: “Não importa o que eu faça, nunca vou ser suficiente.” Essa verbalização é reflexo direto da crença de desvalor. É a raiz de interpretações distorcidas e estratégias comportamentais disfuncionais, como isolamento, procrastinação ou autossabotagem. Técnicas para identificar crenças de desvalor Durante o processo terapêutico, o terapeuta cognitivo-comportamental utiliza diversas estratégias para identificar essas crenças, como: Flecha descendente (downward arrow) : técnica de questionamento socrático para acessar camadas mais profundas do pensamento automático. Exemplo: Paciente: “Acho que vão rir de mim se eu apresentar no trabalho.” Terapeuta: “E se isso acontecer, o que significaria para você?” Paciente: “Que eu sou ridículo.” Terapeuta: “E se for ridículo, o que isso diz sobre você?” Paciente: “Que eu sou um fracasso.” Análise de padrões recorrentes : observar as situações nas quais a pessoa se sente inferiorizada ou se autodeprecia. Registro de pensamentos disfuncionais : ajuda o paciente a tomar consciência das interpretações automáticas e de como elas reforçam a crença negativa. Intervenções terapêuticas Uma vez identificada a crença de desvalor, a TCC propõe um processo sistemático de reestruturação cognitiva , que envolve: Psicoeducação sobre o modelo cognitivo e a função das crenças centrais; Testes comportamentais para gerar experiências corretivas que contradizem a crença; Reformulação de significados com base na história de vida (por exemplo, entendendo que o abandono de um pai não diz nada sobre o valor pessoal do paciente); Substituição gradual por crenças alternativas mais realistas e funcionais , como “Eu tenho valor independentemente dos meus erros”. Importante: esse processo é lento e emocionalmente denso . As crenças centrais não mudam com uma simples argumentação racional — elas requerem repetição, evidências concretas, acolhimento da dor e, muitas vezes, a reconexão com aspectos da história de vida que ficaram sem elaboração emocional. Relações com outras áreas da psicoterapia Embora esse conceito tenha origem na TCC tradicional, ele dialoga profundamente com:  Os esquemas disfuncionais precoces , da Terapia do Esquema (Young, 2003); A noção de autoimagem negativa , abordada em terapias de terceira onda, como a ACT; A relação de apego e validação emocional , muito estudada em abordagens integrativas. Caminhos para aprofundamento Se você é psicólogo, estudante ou profissional da saúde mental e deseja aprofundar sua atuação clínica com base nas evidências científicas mais recentes, conheça os cursos do IC&C sobre TCC, Terapia do Esquema e outros temas ligados à psicoterapia baseada em evidências.
Por Matheus Santos 7 de julho de 2025
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Por Matheus Santos 7 de julho de 2025
A fusão cognitiva é um dos processos centrais da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e representa um dos principais alvos clínicos dentro das Terapias Contextuais. Ao entendermos como os indivíduos se relacionam com seus pensamentos, abrimos espaço para compreensões mais sofisticadas sobre o sofrimento humano e intervenções eficazes. Neste artigo, vamos abordar: O que é fusão cognitiva e como ela se desenvolve; Como a fusão contribui para a psicopatologia; Diferenças entre fusão e distorção cognitiva (TCC); Intervenções clínicas baseadas em desfusão; Linkagens com Terapia Baseada em Processos, TCC e Flexibilidade Psicológica; Referências empíricas e chamada para a Formação Permanente do IC&C. Veja também: Terapia Baseada em Processos: um novo paradigma na psicoterapia O que é Fusão Cognitiva? Na ACT, fusão cognitiva é a tendência a se envolver completamente com o conteúdo dos pensamentos, tomando-os como verdades literais, regras fixas ou comandos automáticos. Quando fundido, o indivíduo não enxerga os pensamentos como eventos mentais transitórios, mas como descrições precisas da realidade. Exemplos: Pensamento: "Sou um fracasso" → Fusão: "Logo, não devo nem tentar." Pensamento: "Ela me ignorou" → Fusão: "Ela me odeia." Fusão cognitiva e psicopatologia A fusão está ligada a diversos transtornos: Depressão: Fusão com autocríticas ("Sou insuficiente"); Ansiedade: Fusão com ameaças antecipatórias ("Vai dar tudo errado"); TOC: Fusão com pensamentos intrusivos ("Pensar isso significa que sou mau"); Transtornos alimentares: Fusão com crenças sobre corpo e valor pessoal. A fusão amplifica o impacto dos pensamentos e reduz a capacidade de agir de forma coerente com valores pessoais. Esse aprisionamento à linguagem interfere diretamente na flexibilidade psicológica. Leia também: Terapias Contextuais: uma evolução na abordagem da TCC Fusão x Distorção Cognitiva: qual a diferença? A TCC clássica trabalha com reestruturação cognitiva, ou seja, modificação de distorções cognitivas (erros de pensamento). Já a ACT não busca modificar o conteúdo, mas sim a relação com o pensamento.
Por Matheus Santos 7 de julho de 2025
A Terapia Cognitivo-Comportamental Transdiagnóstica surge como uma evolução natural da prática clínica contemporânea. Com a alta prevalência de comorbidades psiquiátricas, a necessidade de uma abordagem que transcenda categorizações diagnósticas torna-se urgente. A TCC transdiagnóstica propõe modelos baseados em processos psicopatológicos comuns a diversos transtornos, oferecendo eficiência e integração ao cuidado psicológico. Neste artigo, abordaremos: O que é a abordagem transdiagnóstica e como surgiu; Diferenças entre TCC específica e transdiagnóstica; Os principais modelos e evidências científicas; Vantagens e aplicações clínicas; Linkagens com temas como formulação de caso, terapia baseada em processos e raciocínio clínico. ma na psicoterapia O que é a TCC Transdiagnóstica? A abordagem transdiagnóstica busca identificar e tratar processos psicológicos subjacentes que se manifestam em diferentes transtornos mentais. Em vez de protocolos separados para depressão, ansiedade, TEPT ou TOC, por exemplo, ela foca em fatores comuns como: Evitação experiencial; Dificuldades de regulação emocional; Padrões de pensamento rígido ou dicotômico; Comportamentos de segurança. A proposta central é tratar os mecanismos centrais da psicopatologia , o que permite maior eficiência em casos de comorbidades. Veja também: Formulação de caso na TCC: da hipótese à intervenção estruturada Diferença entre TCC tradicional e TCC transdiagnóstica
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