Como Explicar HiTOP para Pacientes: Um Guia Prático para Psicólogos
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Nesta masterclass exclusiva, você vai:
• Descobrir as mais recentes inovações em TCC
• Entender as tendências que estão moldando o futuro da terapia
• Aprender insights práticos diretamente de uma referência mundial
• Participar de um momento histórico para a TCC no Brasil"
Antes de mergulharmos no "como", vamos entender o "por quê":
Benefícios Clínicos Comprovados:
- Reduz estigmatização - sai do "você tem um transtorno" para "você está em um espectro"
- Aumenta adesão - pacientes entendem a lógica por trás do tratamento
- Fortalecimento da aliança terapêutica - transparência gera confiança
- Psicoeducação poderosa - pacientes se tornam agentes ativos no processo
Quando Introduzir o HiTOP:
- Primeiras sessões - para contextualizar a avaliação
- Momento da formulação de caso - como estrutura explicativa
- Quando pacientes trazem questionamentos sobre diagnósticos
- Como alternativa a rótulos estigmatizantes
Analogias Poderosas para Diferentes Perfis de Pacientes
Para Pacientes Mais Concretos:
Analogia do "Termômetro Emocional"
"Imagine que em vez de pensar em 'estar gripado ou não', pensássemos em 'quantos graus de febre' você tem. O HiTOP é assim: não pergunto se você 'tem depressão', mas sim em que ponto do espectro de tristeza e desânimo você está. Isso nos permite medir mudanças sutis e comemorar cada melhora, por menor que seja."
Para Pacientes Mais Analíticos:
Analogia do "Mapa de Navegação"
"Pense no HiTOP como um GPS da saúde mental. Em vez de dizer apenas 'você chegou na Depressão', ele mostra todas as ruas, avenidas e caminhos que levaram até lá. E mais importante: mostra múltiplas rotas para sair dali. Nosso trabalho é explorar esse mapa juntos."
Para Adolescentes e Jovens Adultos:
Analogia dos "Filtros do Instagram"
"Você sabe como os filtros do Instagram podem deixar uma foto mais azulada, mais escura, mais saturada? O HiTOP é tipo isso para as emoções. A gente vai analisar quais 'filtros' estão muito fortes na sua vida e aprender a ajustar eles, em vez de achar que a 'foto original' está ruim."
Roteiro de Conversa Passo a Passo
Fase 1: A Ponte do Conhecimento Prévio
Psicólogo: "Você já deve ter ouvido falar em diagnósticos como depressão, ansiedade, TDAH... normalmente é um 'tem ou não tem', certo?"
Paciente: (provavelmente concorda)
Psicólogo: "A ciência hoje mostra que na realidade funcionamos mais em espectros. É como a pressão arterial: todo mundo tem uma, o importante é saber se está em níveis saudáveis. O modelo que uso chama-se HiTOP - ele nos ajuda a entender SEUS padrões específicos, não apenas encaixar você em categorias."
Fase 2: Explicação Visual Simplificada
(Desenhe enquanto explica)
ESPECTROS PRINCIPAIS:
INTERNALIZAÇÃO
• Preocupação excessiva
• Tristeza persistente
• Medos e evitações
EXTERNALIZAÇÃO
• Impulsividade
• Dificuldade de controle
• Busca de riscos
PENSAMENTO DESORGANIZADO
• Confusão mental
• Dificuldade de concentração
• Pensamentos intrusivos
Fase 3: Personalização Imediata
Psicólogo: "Olhando para esses espectros, quais você acha que ressoam mais com sua experiência?"
[Espere a resposta e valide]
Psicólogo: "Perfeito. Isso significa que vamos focar em entender COMO esses padrões funcionam na SUA vida, e não apenas dar um nome genérico para eles."
Scripts Prontos para Situações Comuns
Para o Paciente que "Só Quer um Diagnóstico":
"Entendo que você queira um nome para o que está sentindo. O HiTOP nos dá nomes muito mais precisos. Em vez de dizer apenas 'ansiedade generalizada', podemos dizer 'você está no espectro de internalização, com predominância de ansiedade e sensibilidade à ameaça, em nível moderado'. Isso é muito mais útil para planejar seu tratamento específico."
Para o Paciente que Tem Medo de Rótulos:
"Uma das coisas que mais gosto no HiTOP é que ele evita rótulos fixos. Ele entende que seus padrões podem mudar ao longo do tempo e do contexto. Hoje você pode estar mais para um lado do espectro, amanhã para outro. Isso nos permite acompanhar suas flutuações reais."
Para Explicar a Avaliação Dimensional:
"Vamos usar uma escala de 0 a 10 para diferentes áreas. Onde 0 é 'nunca me atrapalha' e 10 é 'me paralisa completamente'. Assim conseguimos medir seu progresso de forma muito mais concreta. Na próxima sessão, talvez aquele 7 já seja um 6 - e isso é uma vitória!"
Exercícios Práticos para a Sessão
Exercício do "Termômetro Pessoal":
- Entregue uma folha com espectros básicos
- Peça para marcar de 0-10 em cada um
- Explore: "O que faria este 7 virar 6?"
- Documente para acompanhamento
Exercício da "Linha do Tempo":
- Marque no espectro onde estava na pior fase
- Marque onde está hoje
- Conecte os pontos: "O que ajudou a mudar?"
- Projete: "Onde gostaria de estar em 3 meses?"
Respostas para Objeções Comuns
"Mas meu plano de saúde exige um diagnóstico do DSM!"
"Você está absolutamente certo. Para questões administrativas, usaremos a linguagem que eles entendem. Mas para nosso trabalho JUNTOS, usaremos essa abordagem mais precisa. São duas linguagens para dois propósitos diferentes."
"Isso não é muito complicado?"
"Pode parecer no início, mas na prática é mais simples. Em vez de memorizar dezenas de 'transtornos', trabalhamos com alguns espectros básicos. É como aprender cores primárias antes de misturá-las - mais fácil e mais poderoso."
"Como isso me ajuda na prática?"
"Em vez de receber um tratamento genérico para 'depressão', você recebe intervenções específicas para SEU perfil exato de sintomas. É a diferença entre tomar um remédio para 'febre' versus um tratamento específico para a causa da sua febre."
Material de Apoio para Pacientes
Folha Explicativa Simplificada:
ENTENDENDO SEUS PADRÕES EMOCIONAIS
Pense em espectros, não em categorias:
🔵 AZUL (Internalização):
Preocupação, tristeza, medos
"Sinto muito e internalizo"
🟡 AMARELO (Externalização):
Impulsos, ações, reações
"Ajo antes de pensar"
🟢 VERDE (Desorganização):
Confusão, pensamentos acelerados
"Minha mente não para"
Nosso trabalho: entender SEUS tons predominantes!
Checklist de Auto-Observação:
- Quais situações pioram meus padrões?
- Em que momentos me sinto mais no controle?
- O que já aprendi sobre meus gatilhos?
- Quais estratégias já me ajudaram antes?
Integração com Outras Abordagens
HiTOP + TCC:
"Assim como na TCC trabalhamos com pensamentos, emoções e comportamentos, o HiTOP nos ajuda a organizar esses elementos em padrões reconhecíveis. É uma lente que amplia nossa compreensão."
HiTOP + Terapia de Aceitação:
"O HiTOP não busca 'eliminar' espectros, mas sim ajudar você a se relacionar melhor com eles. Alguns padrões podem sempre fazer parte de quem você é - nosso trabalho é aprender a dançar com eles."
Dicas Finais para os Psicólogos
Mantenha a Linguagem:
- Evite: "HiTOP", "dimensões", "psicopatologia"
- Use: "espectros", "padrões", "tons emocionais", "mapa pessoal"
Timing é Tudo:
- Não sobrecarregue na primeira sessão
- Use pedaços da explicação conforme relevante
- Volte ao conceito ao longo do tratamento
Valide e Normalize:
"Todo mundo tem algum lugar nesses espectros. A questão não é 'ter ou não ter', mas sim 'onde estou e como isso está me afetando'."
Aprofundamento para o Psicólogo
Quer se preparar melhor? Leia nossos artigos completos:
- HiTOP: O Novo Modelo para Compreender a Psicopatologia
- HiTOP + RDoC: Como Integrar os Modelos na Prática
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