As 10 distorções cognitivas mais comuns na clínica
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A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) parte do princípio de que a forma como interpretamos os eventos influencia diretamente nossas emoções e comportamentos. Essas interpretações, por vezes, seguem padrões distorcidos de pensamento — chamados de distorções cognitivas.
Reconhecer essas distorções é essencial para a reestruturação cognitiva. Neste artigo, você conhecerá as 10 distorções mais frequentes na clínica, com exemplos práticos e sugestões de como abordá-las com seus pacientes.
1. Pensamento tudo ou nada (8 ou 80)
Ver as coisas em termos extremos, sem meios-termos.
Exemplo: “Se eu não for perfeito, sou um fracasso.”
Como abordar: Mostre ao paciente o espectro de possibilidades entre os extremos. Use escalas de 0 a 10 e reformule com linguagem gradativa.
2. Generalização excessiva
Tirar conclusões globais a partir de um único evento negativo.
Exemplo: “Fui mal numa apresentação, então nunca vou conseguir falar em público.”
Como abordar: Ajude o paciente a identificar exceções e a considerar o contexto específico.
3. Filtro mental (ou abstração seletiva)
Focar em um detalhe negativo e ignorar o restante da experiência.
Exemplo: “Errei uma palavra, então a palestra foi horrível.”
Como abordar: Peça ao paciente para listar aspectos positivos do evento. Use perguntas como “o que mais aconteceu?”
4. Desqualificação do positivo
Transformar conquistas ou elogios em algo sem valor.
Exemplo: “Ela só disse que gostou da minha ideia por educação.”
Como abordar: Reforce o valor das evidências positivas e explore a origem da dificuldade em aceitá-las.
5. Leitura mental
Acreditar saber o que os outros estão pensando, sem evidências concretas.
Exemplo: “Tenho certeza de que acham que sou incompetente.”
Como abordar: Estimule o paciente a buscar confirmação e considerar outras hipóteses.
6. Previsão catastrófica (ou adivinhação do futuro)
Antecipar desastres como se fossem certos.
Exemplo: “Vou ter uma crise de pânico na reunião.”
Como abordar: Proponha a análise de probabilidades reais e experimento comportamental para testar previsões.
7. Magnificação e minimização
Aumentar o negativo e minimizar o positivo.
Exemplo: “Errar isso foi gravíssimo” ou “Qualquer um teria conseguido.”
Como abordar: Incentive o equilíbrio na avaliação dos fatos. Use escala de impacto e perguntas comparativas.
8. Raciocínio emocional
Acreditar que algo é verdade com base apenas em sentimentos.
Exemplo: “Sinto que sou um peso, então devo ser mesmo.”
Como abordar: Mostre que sentimentos não são provas. Use o questionamento socrático para explorar a origem da emoção.
9. Deveria/Tem que
Impor regras rígidas e absolutistas sobre si ou os outros.
Exemplo: “Eu deveria ser mais produtivo.”
Como abordar: Substitua por preferências (“Gostaria de...”), explore o impacto dos “deverias” na autoestima e nas relações.
10. Rotulação
Reduzir a identidade de alguém (ou de si mesmo) a um rótulo negativo.
Exemplo: “Sou um inútil.”
Como abordar: Reestruture com base em comportamentos específicos e reforço da identidade positiva.
Como usar as distorções cognitivas na clínica?
- Ensine o conceito com exemplos da vida do paciente
- Utilize recursos visuais (cartões, listas, esquemas)
- Trabalhe uma distorção por vez
- Reforce que todos temos distorções — o importante é aprender a identificá-las
Conclusão
As distorções cognitivas são atalhos do pensamento que, embora automáticos, podem ser desafiados. Ao ajudar o paciente a reconhecê-las, você o aproxima de uma mente mais flexível, compassiva e realista.
Se você quer dominar o uso das distorções cognitivas e outras ferramentas da TCC, conheça nossa Formação Permanente em TCC e Neuropsicologia e leia mais artigos no blog do ICC.
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