Do Hexaflex ao Matriz: A Evolução da ACT e o Novo Modelo que Está Revolucionando a Terapia
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A ACT que Você Conhece Está Mudando: Do Hexaflex ao Processo Puro
Se você aprendeu ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso) nos últimos 15 anos, provavelmente conhece e ama o Hexaflex - aquele diagrama elegante de seis processos interconectados que formam a Flexibilidade Psicológica. Ele foi revolucionário, trouxe clareza e estrutura para uma abordagem complexa. Mas e se eu disser que o modelo está evoluindo? E que essa evolução torna a ACT ainda mais poderosa e acessível?
A ACT contemporânea está passando por uma transformação silenciosa: estamos migrando de um modelo baseado em componentes (os 6 processos) para um modelo baseado em processos dinâmicos e relacionais. Esta mudança não invalida o que você sabe - eleva sua prática a um novo patamar.
O Hexaflex Clássico: A Elegância dos 6 Processos Fundamentais
Vamos começar relembrando a beleza do modelo original. O Hexaflex representa os seis processos nucleares da Flexibilidade Psicológica:
Processos de Mindfulness e Aceitação:
- Contato com o Momento Presente: Estar aqui e agora, consciente da experiência
- Desfusão: Observar pensamentos sem se fusionar a eles
- Aceitação: Abrir espaço para emoções e sensações desagradáveis
Processos de Engajamento e Valores:
- Eu como Contexto: A perspectiva observadora que transcende o conteúdo
- Valores: O que realmente importa em sua vida
- Ação Comprometida: Agir de acordo com seus valores, mesmo com desconforto
A ideia era simples: quando esses seis processos trabalham juntos, temos Flexibilidade Psicológica - a capacidade de estar presente, abrir espaço e fazer o que importa. Quando falham, temos Inflexibilidade Psicológica - os opostos de cada processo.
As Limitações do Modelo Original: Quando a Ferramenta Vira Obstáculo
Apesar de sua utilidade didática, o Hexaflex começou a mostrar limitações na prática clínica avançada:
- Rigidez de Aplicação: Muitos terapeutas caíam na "armadilha dos 6 processos" - tentando "ensinar" cada componente de forma sequencial, como se fosse um protocolo.
- Foco Excessivo nos Componentes: Perdíamos a visão do processo único que é a flexibilidade psicológica, fragmentando-a em "partes" a serem treinadas.
- Dificuldade de Integração: O modelo não mostrava claramente como os processos se relacionam dinamicamente em tempo real.
- Complexidade Desnecessária: Para muitos clientes (e terapeutas!), seis processos eram muitos para acompanhar simultaneamente.
Steven Hayes, o criador da ACT, chegou a brincar: "Criamos o Hexaflex para ajudar as pessoas, mas alguns de nós começaram a adorar o Hexaflex mais do que as pessoas".
O Novo Modelo: Matriz ACT e Process-Based Therapy
A evolução veio em duas frentes principais:
A Matriz ACT
Desenvolvida por Kevin Polk e outros, a Matriz simplifica radicalmente o modelo:
- Dois Sentidos: Para onde vamos? (os 5 sentidos) vs De onde viemos? (a mente)
- Duas Direções: Para longe vs Para o que importa
- Quatro Quadrantes:
- Sentimentos/pensamentos de afastamento
- Ações de afastamento
- Sentimentos/pensamentos de aproximação
- Ações de aproximação
A pergunta central da Matriz é devastadoramente simples: "Isso te leva para mais perto do que importa, ou para mais longe?"
A Process-Based Therapy (PBT)
Enquanto isso, Hayes e Hofmann desenvolviam a Terapia Baseada em Processos, que representa a ACT em sua forma mais madura. A PBT:
- Foca em processos de mudança específicos e contextualizados
- Usa modelos de rede para entender como os processos interagem
- É idiográfica - adaptada ao indivíduo específico
- Integra-se perfeitamente com frameworks como HiTOP e RDoC
Comparação Direta: Hexaflex vs. Matriz - Qual Usar e Quando
Característica | Hexaflex Clássico | Matriz/Modelo Evoluído |
---|---|---|
Foco | 6 processos componentes | 1 processo central (Para Onde/De Onde) |
Complexidade | 6 elementos + 6 opostos | 2 direções + 2 tipos de experiência |
Aplicação | Excelente para ensino e treinamento | Ideal para consultório e intervenção rápida |
Flexibilidade | Pode levar à aplicação protocolizada | Altamente flexível e contextual |
Público | Terapeutas em formação | Todos (incluindo crianças e pacientes graves) |
Verdade importante: O novo modelo não substitui o Hexaflex - eles servem a propósitos diferentes. O Hexaflex é um mapa detalhado para o terapeuta; a Matriz é uma bússola para a sessão.
Na Prática Clínica: Como Implementar o Novo Modelo Hoje
Passo 1: Simplifique sua Linguagem
Em vez de "precisamos trabalhar desfusão", experimente: "Vamos notar isso como um pensamento e ver para onde ele quer te levar".
Passo 2: Use a Pergunta Mágica
Introduza a pergunta matriz em toda sessão: "Isso que você está fazendo/pensando/sentindo te leva para mais perto do que importa, ou para mais longe?"
Passo 3: Foque no Processo, não nos Componentes
Observe o fluxo da flexibilidade/inflexibilidade no momento, em vez de "qual processo está faltando".
Passo 4: Integre com Formulação de Caso
Identifique os processos nucleares de inflexibilidade específicos desse cliente, não tente trabalhar todos os seis.
Caso Clínico: Do Diagnóstico aos Processos de Mudança
João, 42 anos, "Depressão e Ansiedade Social"
Formulação com Hexaflex:
- Baixa Aceitação (evita ansiedade)
- Alta Fusão ("sou um perdedor")
- Valores pouco claros
- Pouca Ação Comprometida
Formulação com Modelo Evoluído:
Processo Central de Inflexibilidade: Padrão crônico de fuga experiencial quando surgem pensamentos de julgamento social, levando a afastamento de valores de conexão.
Intervenção Focal: Quebrar o ciclo fusão-fuga-afastamento no momento em que pensamentos de julgamento surgem, criando espaço para ações de aproximação mesmo com desconforto.
Note como a segunda formulação é mais dinâmica, processual e direcionada.
Integração com Outros Modelos: HiTOP, RDoC e a ACT Contemporânea
A beleza do modelo evolúdo é como ele se integra perfeitamente com os novos paradigmas:
- Com o HiTOP: A ACT trata processos de inflexibilidade que cortam transdiagnosticamente os espectros de internalização, externalização, etc.
- Com o RDoC: A ACT intervém em sistemas neurocomportamentais específicos, como evitação de ameaça e sistemas de busca de objetivos.
- Com a TCC Transdiagnóstica: A ACT oferece tecnologias específicas para processos como regulação emocional e tolerância ao desconforto.
O Futuro da ACT: Para Onde Vai a Terapia de Aceitação e Compromisso
O futuro da ACT é processual, contextual e integrativo. Estamos caminhando para:
- Modelos Mais Dinâmicos: Que mostram como os processos se influenciam mutuamente em tempo real.
- Intervenções Mais Precisas: Direcionadas aos processos específicos que mais importam para cada pessoa.
- Integração com Neurociência: Conectando processos comportamentais com sistemas cerebrais específicos.
- Foco na Relação Terapêutica: Usando o modelo para entender e transformar os processos que acontecem na sala de terapia.
A mensagem central é esperançosa: a ACT está se tornando mais simples, mais poderosa e mais acessível. Você não precisa abandonar o Hexaflex - apenas entender que ele é o ponto de partida, não o destino final.
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A evolução da ACT acontece rápido, e acompanhar as mudanças é essencial para uma prática clínica de excelência. Na Formação Permanente do IC&C, você:
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Junte-se a uma comunidade de terapeutas que estão na vanguarda da terapia contextual e ofereça aos seus pacientes o que há de mais moderno e eficaz em ACT.
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