Como comunicar resultados de forma ética e acessível na Avaliação Neuropsicológica?
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A Avaliação Neuropsicológica é uma prática clínica que demanda não apenas conhecimento técnico na aplicação e interpretação dos testes, mas também habilidade na comunicação dos resultados. De nada adianta uma avaliação precisa, baseada em evidências, se o paciente (ou seus responsáveis) não compreende o que foi avaliado, o que os resultados significam e o que pode ser feito a partir deles.
Neste artigo, vamos abordar os principais cuidados éticos e clínicos no momento da devolutiva da Avaliação Neuropsicológica. Como transformar dados técnicos em informações compreensíveis? Como equilibrar precisão com sensibilidade? Como entregar um relatório que realmente auxilie o paciente e os profissionais envolvidos?
O momento da devolutiva: muito além dos números
A devolutiva é uma etapa terapêutica e educativa. É quando o neuropsicólogo devolve ao paciente, de forma acolhedora e clara, tudo o que foi observado e compreendido ao longo do processo de avaliação.
Nessa etapa, é importante considerar:
- O nível de compreensão e escolaridade do paciente e/ou família
- O estado emocional frente ao processo de avaliação
- A função da avaliação (clínica, educacional, jurídica, etc.)
- O impacto que as informações podem gerar
Princípios éticos da comunicação de resultados
1. Clareza
Evite termos técnicos e jargões excessivos. Utilize metáforas, exemplos e linguagem adaptada à realidade do paciente.
"Você tem dificuldades para manter o foco em tarefas longas, como se sua atenção fosse um farol que oscila. Isso não significa que você não se esforce — pelo contrário."
2. Respeito e empatia
A forma como os resultados são ditos importa tanto quanto o conteúdo. Evite julgamentos, diagnósticos rótulos ou comentários que gerem estigmas.
"O que vemos aqui não é uma limitação imutável, mas uma forma diferente de funcionamento que pode ser acolhida e trabalhada."
3. Alinhamento com os objetivos da avaliação
A devolutiva deve responder à pergunta que originou a avaliação. Por exemplo:
- A criança tem indícios de TDAH? Quais são?
- Existe prejuízo de memória após o AVC? Em que grau?
- O desempenho acadêmico está abaixo do esperado? Por quê?
4. Indicação de próximos passos
Mais importante do que nomear dificuldades, é propor caminhos possíveis:
- Encaminhamentos para especialistas
- Sugestões de intervenções clínicas ou pedagógicas
- Recomendações para a família, escola ou empresa
Relatório neuropsicológico: estrutura e propósito
O relatório deve ser:
- Objetivo, mas humano
- Técnico, mas compreensível
- Fiel aos dados, mas contextualizado
Estrutura sugerida:
- Identificação do paciente
- Motivo da avaliação
- Procedimentos utilizados
- Histórico clínico e observações comportamentais
- Resultados por domínio avaliado
- Análise integrada
- Conclusão e hipóteses diagnósticas (se for o caso)
- Recomendações
O relatório não deve ser entregue sem devolutiva presencial (ou remota). É responsabilidade ética do neuropsicólogo acompanhar o impacto da comunicação.
Desafios frequentes
🔹 Quando os resultados não indicam um diagnóstico claro
Explique que a avaliação pode apontar padrões de funcionamento mesmo sem preencher critérios diagnósticos formais. Isso não diminui a importância dos achados.
🔹 Quando o paciente ou a família esperam “um laudo”
Eduque sobre a função do relatório neuropsicológico:
- Ele não é uma sentença nem um rótulo
- Ele serve para entender, planejar e intervir
🔹 Quando o resultado indica dificuldades importantes
Acolha emocionalmente:
- Dê espaço para perguntas
- Valide o impacto emocional
- Mostre o que pode ser feito a partir daquele resultado
Conclusão
A comunicação dos resultados na Avaliação Neuropsicológica é tão importante quanto a aplicação dos testes. Exige sensibilidade, escuta e compromisso com o cuidado. Informar é também cuidar — e um bom relatório pode ser o ponto de partida para transformações reais.
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