Erro cognitivo ou esquiva experiencial? Como a TCC e a ACT explicam o sofrimento psicológico
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Na prática clínica contemporânea, cada vez mais profissionais se deparam com um desafio conceitual importante: o sofrimento do paciente é sustentado por pensamentos distorcidos ou por uma tentativa constante de evitar sentimentos e experiências internas desconfortáveis?
Esse dilema é o ponto de intersecção entre a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). Ambas oferecem lentes poderosas, mas diferentes, para entender e intervir diante do sofrimento humano.
Neste artigo, vamos explorar:
- A diferença entre erro cognitivo e esquiva experiencial;
- Como cada abordagem compreende o sofrimento psíquico;
- Quando usar intervenções cognitivas e quando favorecer estratégias de aceitação;
- Exemplos práticos e implicações clínicas.
O que é erro cognitivo?
Erros cognitivos (ou distorções cognitivas) são padrões automáticos e distorcidos de pensamento que distorcem a percepção da realidade, geralmente alimentando emoções negativas e comportamentos disfuncionais.
Alguns exemplos clássicos:
- Catastrofização
- Leitura mental
- Pensamento tudo ou nada
Leia também: Erro cognitivo ou crença nuclear? Como diferenciar e intervir com precisão na TCC
O que é esquiva experiencial?
A esquiva experiencial é um conceito central na ACT e diz respeito à tentativa de evitar, suprimir ou controlar experiências internas (pensamentos, emoções, memórias, sensações físicas).
Essa esquiva pode parecer útil no curto prazo, mas tende a gerar mais sofrimento a longo prazo. Quanto mais tentamos evitar sentir, mais nosso mundo se estreita.
Exemplo de esquiva:
- Evitar compromissos sociais por medo de julgamento (em vez de aceitar o desconforto e agir com base em valores).
Aprofunde-se: Como a ACT promove a flexibilidade psicológica
TCC: foco na reestruturação cognitiva
A TCC propõe que os pensamentos automáticos distorcidos influenciam diretamente emoções e comportamentos. Portanto, identificar, avaliar e reestruturar pensamentos disfuncionais é uma via eficaz para aliviar o sofrimento.
Ferramentas principais:
- Ficha de pensamento disfuncional
- Diálogo socrático
- Teste de evidências
Leia mais: Como usar a ficha de pensamento disfuncional na prática clínica
ACT: foco na aceitação e valores
Na ACT, o sofrimento surge não pelo conteúdo dos pensamentos, mas pela luta contra eles. O foco terapêutico é aumentar a flexibilidade psicológica, por meio da aceitação, desfusão cognitiva e ação com base em valores.
Estratégias comuns:
- Exercícios de desfusão
- Metáforas clínicas (ex: passageiro no ônibus)
- Mindfulness
- Clareza de valores
Relembre: A relação entre aceitação e mudança no modelo da ACT
Como diferenciar na clínica?

Dica clínica: Muitas vezes, os dois fenômenos coexistem. O terapeuta pode precisar trabalhar reestruturação cognitiva e aceitação de forma integrada.
Exemplo clínico
Paciente relata:
"Se eu for naquela reunião, vão perceber que eu sou um impostor. Eu fico ansioso só de pensar nisso."
- Erro cognitivo: Leitura mental / Catastrofização
- Esquiva experiencial: Evitar a reunião para não sentir ansiedade
Intervenção possível:
- Trabalhar a reestruturação do pensamento (TCC);
- Ensinar desfusão e aceitar a ansiedade como parte do processo (ACT);
- Reforçar valores: "O que é importante para você estar nessa reunião?"
Leia também: TCC para TEPT: como abordar traumas com segurança e técnica
Quando usar cada abordagem?
TCC tradicional:
- Quando há pensamentos automáticos bem definidos e reconhecidos pelo paciente;
- Pacientes com bom insight cognitivo;
- Casos em que o conteúdo dos pensamentos é claramente disfuncional e modificável.
ACT:
- Quando há alta fusão cognitiva e esquiva emocional intensa;
- Pacientes com histórico de tentativas de controle interno que falharam;
- Casos de sofrimento persistente mesmo após reestruturação cognitiva.
Conclusão
A diferenciação entre erro cognitivo e esquiva experiencial oferece ao terapeuta um mapa mais completo para compreender e intervir no sofrimento psicológico. Integrar a clareza conceitual da TCC com a abordagem experiencial da ACT permite intervenções mais eficazes, humanas e coerentes com o funcionamento complexo da mente humana.
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