FAP na Clínica: A Terapia Analítico-Funcional e o Uso da Relação Terapêutica como Contexto de Mudança
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A Terapia Analítico-Funcional (Functional Analytic Psychotherapy – FAP) é uma abordagem de terceira geração que coloca a relação terapêutica no centro do processo de mudança clínica. Com base na análise do comportamento, a FAP propõe que os padrões que o paciente repete em sua vida interpessoal também surgem na sessão — e podem ser observados, reforçados e modelados em tempo real.
FAP é, em essência, um convite a transformar o consultório em um laboratório vivo de relacionamento, afeto e autenticidade.
Princípios da FAP: do comportamento ao vínculo
A FAP parte da ideia de que a mudança clínica acontece quando o terapeuta reconhece, responde e reforça comportamentos relevantes (CRBs) que surgem na relação terapêutica.
Tipos de comportamentos observados na sessão:
- CRB1: comportamentos-problema do paciente (por exemplo: se omitir, desconectar, agradar em excesso);
- CRB2: mudanças e melhoras no comportamento que surgem durante a sessão (por exemplo: expressar algo que normalmente evitaria);
- CRB3: relatos e reflexões do paciente sobre mudanças fora da sessão.
O papel do terapeuta é:
- Observar os CRBs com sensibilidade e precisão;
- Reforçar os CRB2s com afeto, reconhecimento e presença;
- Evocar novas respostas mais funcionais por meio de perguntas, confrontações empáticas ou silêncios estratégicos.
O que diferencia a FAP?
Diferente da TCC tradicional, a FAP:

Veja também: ACT na Clínica: Flexibilidade Psicológica como Núcleo de Mudança
Como aplicar FAP na prática clínica?
✅ 1. Observar padrões em tempo real
Exemplo: paciente tende a se calar quando percebe que pode estar decepcionando o terapeuta. Terapeuta nota, nomeia o padrão com cuidado e convida à reflexão.
✅ 2. Evocar comportamentos desejados
Exemplo: terapeuta diz: “Se for confortável, o que você diria agora se deixasse de lado o medo de me magoar?”
✅ 3. Reforçar com presença e autenticidade
Exemplo: ao ouvir algo difícil que o paciente diz com coragem, terapeuta responde:
“Isso que você acabou de compartilhar… é tão importante. Me sinto honrado por você ter confiado isso a mim.”
✅ 4. Compartilhar impacto pessoal
Na FAP, o terapeuta também pode se posicionar como um ser humano real.
Exemplo:
“Quando você se permite ser tão honesto, eu sinto vontade de estar mais perto de você.”
As 5 Regras da FAP
- Regras para observar CRBs
- Regras para evocar CRBs
- Regras para reforçar CRBs
- Regras para observar o impacto do terapeuta no paciente
- Regras para o terapeuta se permitir impactar e ser impactado
Exemplo de caso clínico
Paciente: homem, 30 anos, histórico de evitação emocional e relacionamentos superficiais.
Comportamentos na sessão:
- Fugas com humor;
- Dificuldade de sustentar contato visual;
- Medo de ser julgado ao revelar emoções.
Aplicação da FAP:
- Terapeuta nomeia a tendência de fuga com afeto: “Percebi que você fez uma piada logo que o tema ficou mais íntimo. Será que é difícil pra você sentir-se visto aqui?”
- Paciente responde com silêncio prolongado e, depois, choro — primeiro em meses de terapia.
Integração com outras abordagens
A FAP pode (e deve) ser combinada com:
- ACT: usa valores e aceitação para sustentar CRBs novos;
- TCC Baseada em Processos: FAP é uma aplicação direta de mudança comportamental funcional;
- DBT: FAP é potente para validar e reforçar habilidades em pacientes com T. de personalidade.
Cuidados e competências do terapeuta em FAP
- Tolerância ao desconforto relacional;
- Autoconsciência de suas próprias vulnerabilidades;
- Capacidade de oferecer feedback em tempo real;
- Prática de supervisão contínua.
Conclusão
A FAP transforma a relação terapêutica em uma arena viva de mudança. Quando bem conduzida, permite que o paciente experimente, em tempo real, vínculos mais autênticos, seguros e transformadores — e os leve para a vida fora do consultório.
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Referências
- Kohlenberg, R. J., & Tsai, M. (1991). Functional Analytic Psychotherapy: Creating Intense and Curative Therapeutic Relationships.
- Tsai, M., Kohlenberg, R. J., Kanter, J. W. (2009). A Guide to Functional Analytic Psychotherapy.
- Callaghan, G. M. (2006). The Functional Idiographic Assessment Template.
- Kanter, J. W., et al. (2012). A randomized controlled trial of FAP for depression. Psychotherapy.
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