Formulação de caso em neuropsicologia: o que não pode faltar
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A formulação de caso em neuropsicologia é uma etapa fundamental do processo avaliativo e terapêutico. Vai além da simples descrição de resultados de testes: trata-se de uma síntese clínica que integra dados cognitivos, comportamentais, emocionais e funcionais em um modelo explicativo do quadro do paciente. Uma boa formulação permite pensar hipóteses diagnósticas, planejar intervenções e orientar familiares, escolas e equipes de saúde com mais precisão.
Neste artigo, vamos explorar o que não pode faltar em uma formulação de caso neuropsicológica, com foco prático e baseado em evidências.
O que é uma formulação de caso neuropsicológica?
É uma descrição estruturada que articula:
- A queixa principal e o motivo da avaliação
- O histórico clínico, familiar, escolar e funcional
- Os achados da avaliação neuropsicológica (testes, escalas, observação)
- As hipóteses sobre o funcionamento cerebral e psicológico do paciente
- A proposta de intervenção ou encaminhamento
Estrutura básica da formulação
1. Queixa principal e hipótese inicial
Descreva de forma objetiva o motivo da avaliação e o que se busca esclarecer:
“Paciente com queixa de esquecimento, lentidão e dificuldades no trabalho desde AVC.”
2. Histórico relevante
Inclua:
- Desenvolvimento neuropsicomotor
- Histórico escolar e acadêmico
- Condições médicas ou neurológicas prévias
- Eventos de vida significativos (traumas, perdas, mudanças)
3. Perfil cognitivo e funcional
Apresente os principais achados da avaliação:
- Pontos fortes e preservações (ex: linguagem preservada)
- Déficits identificados (ex: prejuízo em memória de trabalho, flexibilidade cognitiva)
- Padrões que sugerem condições específicas (ex: perfil compatível com TDAH ou com demência frontotemporal)
4. Integração dos dados
Essa é a parte mais analítica e valiosa da formulação. O objetivo é responder:
- O que está impactando o funcionamento da pessoa?
- Quais mecanismos explicam as dificuldades?
- Os achados são compatíveis com a queixa e o histórico?
Exemplo:
“Os dados sugerem prejuízo leve em atenção e funções executivas, compatíveis com quadro de comprometimento cognitivo leve pós-AVC, com manutenção de autonomia parcial para AVDs.”
5. Implicações práticas e encaminhamentos
Indique o que fazer com essas informações:
- Estimulação cognitiva
- Encaminhamento médico
- Adaptações escolares ou profissionais
- Reavaliação futura
O que NÃO fazer na formulação
- Listar testes sem interpretar os resultados
- Usar jargões excessivos sem explicações
- Ignorar o contexto funcional e subjetivo do paciente
- Apresentar diagnósticos sem respaldo nos dados
Dicas para uma boa formulação
- Seja claro, objetivo e empático
- Use linguagem acessível quando o laudo for compartilhado com família ou escola
- Conecte todos os dados à queixa principal
- Tenha supervisão clínica nas etapas iniciais da prática profissional
Conclusão
A formulação de caso em neuropsicologia é mais do que um resumo técnico: é uma ferramenta clínica e ética para compreender o paciente de forma integrada. Um bom raciocínio clínico neuropsicológico envolve sensibilidade, base científica e capacidade de síntese — habilidades que se desenvolvem com prática e reflexão.
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