Funções executivas: o que são e como avaliá-las na prática clínica
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As funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas que nos permitem planejar, organizar, iniciar e monitorar comportamentos orientados a objetivos. Elas são fundamentais para o funcionamento adaptativo no cotidiano e estão diretamente relacionadas à autonomia, produtividade e autorregulação emocional e comportamental.
Neste artigo, você vai entender o que são funções executivas, como se manifestam em diferentes contextos, como avaliá-las na prática clínica e quais os principais instrumentos utilizados na neuropsicologia.
O que são funções executivas?
As funções executivas são habilidades cognitivas superiores que permitem:
- Planejamento e tomada de decisões
- Inibição de impulsos inadequados
- Mudança de estratégias (flexibilidade cognitiva)
- Monitoramento de desempenho
- Atualização de informações em memória de trabalho
Essas funções estão associadas principalmente ao funcionamento do lobo frontal, especialmente da região pré-frontal, e se desenvolvem progressivamente da infância à vida adulta.
Componentes das funções executivas
1. Inibição
Capacidade de controlar impulsos, resistir a distrações e interromper respostas automáticas.
2. Memória de trabalho
Manutenção e manipulação de informações por curto prazo, essencial para seguir instruções e resolver problemas.
3. Flexibilidade cognitiva
Capacidade de mudar o foco da atenção ou estratégias diante de novas demandas ou feedbacks.
4. Planejamento e organização
Capacidade de estabelecer metas, desenvolver etapas para alcançá-las e prever consequências.
5. Monitoramento
Capacidade de acompanhar e avaliar o próprio desempenho, ajustando comportamentos quando necessário.
Quando suspeitar de alterações executivas?
Alterações nas funções executivas podem ocorrer em diversas condições clínicas, como:
- TDAH
- Transtorno do Espectro Autista (TEA)
- Transtornos de aprendizagem
- Depressão
- Demências (ex: Alzheimer, demência frontotemporal)
- Traumatismo cranioencefálico (TCE)
- Esquizofrenia
Sinais clínicos incluem:
- Dificuldade de organização e cumprimento de tarefas
- Esquecimentos frequentes
- Impulsividade
- Rigidez de pensamento
- Comportamentos socialmente inadequados
Como avaliar funções executivas na prática clínica?
A avaliação deve combinar:
1. Entrevista clínica e observação
Explorar o histórico funcional, escolar e ocupacional. Observar durante a sessão aspectos como impulsividade, perseveração, capacidade de planejamento verbal.
2. Aplicação de testes neuropsicológicos padronizados
a) Testes de inibição:
- Stroop Color and Word Test
- Go/No-Go
b) Memória de trabalho:
- Dígitos diretos e inversos (WAIS/WISC)
- N-back
c) Flexibilidade cognitiva:
- Wisconsin Card Sorting Test (WCST)
- Trail Making Test – Parte B
d) Planejamento:
- Torre de Londres
- Teste das Figuras Complexas de Rey (análise qualitativa)
e) Monitoramento e autoavaliação:
- Entrevistas com familiares
- Escalas comportamentais (ex: BRIEF – Behavior Rating Inventory of Executive Function)
Dicas para a interpretação clínica
- Considere sempre o nível educacional e sociocultural do paciente.
- Combine dados objetivos e subjetivos (teste + entrevista + observação).
- Avalie o impacto funcional das alterações nas atividades de vida diária.
- Diferencie déficits de desempenho de falta de motivação ou fatores emocionais.
Exemplo clínico ilustrativo
Paciente: adolescente de 15 anos, com queixas escolares e impulsividade em casa.
Achados na avaliação:
- Dificuldade em testes de inibição e memória de trabalho
- Comportamento impulsivo na entrevista
- Relato familiar de dificuldade em seguir rotinas e concluir tarefas
Hipótese diagnóstica: TDAH do tipo desatento e impulsivo
Recomendações: intervenção psicopedagógica, treino de habilidades executivas, orientações aos pais, possível encaminhamento psiquiátrico.
Conclusão
As funções executivas são habilidades centrais para a vida acadêmica, profissional e social. Sua avaliação cuidadosa permite não apenas compreender dificuldades cognitivas específicas, mas também direcionar intervenções mais eficazes e personalizadas.
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