O que fazer quando o paciente resiste à terapia?
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A resistência é um fenômeno comum — e natural — em qualquer processo psicoterapêutico. Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), ela não é vista como um obstáculo, mas como dado clínico valioso. Mais do que isso, a resistência pode ser uma oportunidade para fortalecer o vínculo terapêutico e ajustar a condução do processo com ainda mais sensibilidade.
Neste artigo, vamos explorar como reconhecer os sinais de resistência, suas possíveis causas e estratégias práticas para lidar com ela de maneira ética, acolhedora e baseada em evidências.
O que é resistência terapêutica?
Resistência é qualquer atitude — verbal ou não verbal — que dificulta ou interrompe o fluxo da terapia. Pode se manifestar de formas sutis ou explícitas:
- Faltas recorrentes ou atrasos
- Silêncios prolongados
- Evitação de temas relevantes
- Minimização do sofrimento
- Ironia ou desvalorização do processo terapêutico
- Dificuldade em realizar tarefas entre as sessões
É importante compreender que a resistência não é desinteresse ou má vontade. Muitas vezes, é uma forma de defesa frente à possibilidade de mudança, dor emocional ou insegurança diante do novo.
Possíveis causas da resistência
🔹 Medo de reviver emoções intensas
O paciente pode temer acessar conteúdos difíceis, como traumas ou mágoas profundas.
🔹 Insegurança quanto à eficácia da terapia
Se o paciente não entende o modelo da TCC ou teve experiências negativas anteriores, pode duvidar do processo.
🔹 Pressão externa
Em casos em que o paciente foi “enviado” por alguém (pais, parceiro, juiz), pode não estar motivado para mudar.
🔹 Alianças inconscientes com o sofrimento
Às vezes, o sofrimento se tornou parte da identidade do paciente, e abandoná-lo pode gerar confusão ou medo.
Como manejar a resistência na prática clínica
1. Reconheça os sinais com empatia
Evite interpretar a resistência como “falta de compromisso”. Encare como um sinal importante a ser escutado.
“Percebi que quando tocamos nesse assunto, você muda de tema. Podemos falar sobre o que isso te faz sentir?”
2. Valide a experiência do paciente
Demonstre compreensão antes de qualquer intervenção:
“É compreensível que você esteja desconfiando. Mudar é difícil e pode mesmo dar medo.”
3. Reforce a colaboração
Relembre que o processo terapêutico é construído a quatro mãos:
“Nada será feito sem o seu consentimento. Vamos pensar juntos sobre o que faz sentido para você neste momento.”
4. Ajuste o ritmo
Talvez o terapeuta esteja avançando rápido demais. Reduza a intensidade ou volte algumas casas no processo:
“Podemos retomar alguns conceitos com mais calma. Não temos pressa.”
5. Use técnicas da Entrevista Motivacional
- Explore ambivalências com curiosidade
- Investigue o que o paciente gostaria de mudar e o que o impede
- Evite confrontos diretos: priorize perguntas abertas e reflexivas
Exemplo clínico
Paciente: homem de 40 anos, com histórico de depressão e uso de álcool.
Sinais de resistência: minimizava sintomas, faltava a sessões alternadas, evitava tarefas.
Conduta terapêutica:
- Exploração gentil das motivações para estar em terapia
- Normalização do medo da mudança
- Psicoeducação sobre o ciclo de evitação e reforço negativo
- Adaptação de tarefas para microações possíveis no cotidiano
Resultados após 8 sessões:
- Redução das faltas
- Participação mais ativa nas sessões
- Reestruturação de pensamentos de autojulgamento e fracasso
Conclusão
Resistência não é falha — é comunicação. Quando compreendida com escuta genuína, a resistência se transforma em uma oportunidade clínica poderosa. O segredo está em validar, ajustar e caminhar no ritmo do paciente.
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