Tarefas de casa na TCC: como propor e manter a adesão
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A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem orientada para objetivos, centrada na ação e na autonomia do paciente. Dentro dessa lógica, as tarefas de casa são componentes fundamentais. Elas ampliam o impacto da sessão para além do consultório e ajudam o paciente a aplicar, consolidar e refletir sobre os aprendizados do processo terapêutico.
Mas como propor tarefas de forma efetiva? Como aumentar a chance de que o paciente realmente realize o que foi combinado? E o que fazer quando isso não acontece? É sobre isso que vamos falar neste artigo.
Por que tarefas de casa são importantes na TCC?
1. Favorecem a generalização
O que é aprendido em sessão só se torna transformador quando é aplicado no cotidiano. As tarefas permitem que o paciente teste novos comportamentos, experimente pensamentos alternativos e observe mudanças em situações reais.
2. Promovem autonomia
Ao realizar tarefas, o paciente deixa de depender exclusivamente do espaço terapêutico para se desenvolver. Ele passa a se perceber como agente ativo da própria mudança.
3. Estimulam a autorreflexão
Registrar emoções, pensamentos e comportamentos ajuda a construir consciência e identificar padrões. Muitas vezes, o que surge na tarefa é mais revelador do que o que foi dito em sessão.
4. Fortalecem o vínculo
Tarefas bem conduzidas mostram que o terapeuta se importa com o processo entre sessões. Elas criam continuidade, propósito e parceria no tratamento.
Como propor tarefas que geram adesão
Nem toda tarefa de casa será realizada — mas há formas de aumentar significativamente as chances de adesão. Veja algumas estratégias baseadas em evidências e práticas clínicas:
✅ Construa a tarefa em conjunto
Evite prescrever. Prefira perguntar:
“Dentre tudo que conversamos hoje, o que faria sentido tentar essa semana?”
✅ Seja específico
Tarefas vagas não funcionam. Substitua:
- ❌ “Anote seus pensamentos”
- ✅ “Durante a semana, escolha um momento em que sentiu ansiedade. Registre o que pensou, o que sentiu e o que fez.”
✅ Adapte à rotina do paciente
Leve em conta:
- Nível de energia
- Tempo disponível
- Estilo de vida e contexto familiar
✅ Use reforços positivos
Proponha formas de o paciente se premiar ao cumprir a tarefa. Reforços simples como elogios, tempo de lazer ou autorreconhecimento fazem diferença.
✅ Antecipe barreiras
Pergunte:
“O que poderia atrapalhar essa tarefa? Como você poderia lidar com isso?”
E quando o paciente não faz a tarefa?
🟡 Não interprete como desinteresse
A não realização pode ter diversos significados:
- A tarefa era complexa demais
- O paciente não entendeu a proposta
- A semana foi emocionalmente sobrecarregada
🟡 Retome com curiosidade, não julgamento
“Conseguiu tentar algo daquilo que combinamos? O que aconteceu?”
🟡 Reformule e simplifique
Reduza o escopo. Exemplo:
“E se tentássemos apenas observar os pensamentos sem precisar anotar nada ainda?”
Tipos de tarefas eficazes
- Registro de pensamentos automáticos
- Diários de humor ou comportamento
- Técnicas de relaxamento guiadas
- Exercícios de exposição gradual
- Planejamento de atividades prazerosas
- Treinos de habilidades sociais
- Cartões de enfrentamento
Exemplo clínico
Paciente: mulher de 30 anos, com sintomas de depressão e isolamento social.
Tarefa proposta: escolher uma atividade fora de casa, por mais simples que fosse, e anotar como se sentiu antes, durante e depois.
Resultados: mesmo não tendo conseguido sair na primeira semana, a paciente observou os pensamentos que surgiram diante da possibilidade. Isso se transformou em insumo clínico para reestruturação cognitiva e planejamento de microexposições.
Conclusão
As tarefas de casa são mais do que deveres — são convites à transformação. Quando feitas com empatia, clareza e colaboração, tornam-se pontes entre o consultório e a vida real. Saber propor, adaptar e revisar essas tarefas é uma das habilidades clínicas mais importantes na TCC.
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