TCC Baseada em Processos: Da Técnica ao Princípio Clínico
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A Terapia Cognitivo-Comportamental baseada em processos (Process-Based Therapy – PBT) representa uma transição da ênfase em protocolos específicos para transtornos para um foco em mecanismos de mudança empiricamente validados. Essa abordagem é impulsionada por décadas de pesquisa que mostram que:
- Os mesmos processos psicológicos estão presentes em diferentes transtornos;
- Protocolos rígidos podem limitar a flexibilidade e a personalização do tratamento;
- A personalização baseada em processos pode gerar resultados mais sustentáveis e transferíveis entre contextos.
Steven Hayes, Stefan Hofmann e outros autores da ciência comportamental contextual propõem essa nova forma de organizar o tratamento, a partir de uma base transdiagnóstica, funcional e empírica.
Limitações da TCC Tradicional Protocolar
Embora os protocolos estruturados tenham impulsionado a cientificidade da TCC, eles também trouxeram desafios clínicos importantes:
- Foco excessivo no diagnóstico e não nas funcionalidades psicológicas do comportamento;
- Baixa flexibilidade para lidar com comorbidades;
- Dificuldade de aplicação em casos complexos e contextos culturais diversos.
Como discutimos no post TCC para Transtornos Complexos, há um movimento crescente em direção à individualização terapêutica.
O Modelo Baseado em Processos: Conceitos-Chave
A TCC baseada em processos é guiada por quatro pilares:
- Contextualismo Funcional: foco na função do comportamento em seu contexto específico.
- Modelos Baseados em Redes e Sistemas Dinâmicos: compreensão de como variáveis psicológicas interagem.
- Mecanismos de Mudança Cientificamente Validados: uso de evidências para embasar cada técnica.
- Personalização da Intervenção: plano clínico adaptado a partir de processos centrais (e.g., evitação experiencial, desregulação emocional, rigidez cognitiva).
Exemplos de Processos Clínicos

Como Avaliar e Trabalhar Processos na Prática
Ao invés de iniciar com um diagnóstico formal, o terapeuta pode:
- Identificar processos centrais na formulação do caso;
- Avaliar níveis de funcionamento em cada processo usando medidas como o MPFI (Multidimensional Psychological Flexibility Inventory) ou a DERS (Difficulties in Emotion Regulation Scale);
- Escolher técnicas com base na função, não apenas na forma.
➡ Isso está alinhado com os princípios já discutidos em Neuropsicologia Forense — focar na função, não apenas no rótulo.
Vantagens da Abordagem Transdiagnóstica
- Maior aplicabilidade em casos com comorbidades;
- Integração mais fluida entre diferentes modelos da TCC;
- Foco clínico em mudança sustentável, e não apenas sintomática;
- Base mais sólida para avaliação de progresso terapêutico, inclusive com uso de tecnologia digital.
Integração com ACT, FAP e DBT
A TCC baseada em processos dialoga diretamente com as chamadas terapias de terceira geração:
- ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso): foco na flexibilidade psicológica;
- FAP (Terapia Analítico-Funcional): uso da relação terapêutica como contexto de mudança;
- DBT (Terapia Dialética Comportamental): trabalho intensivo com regulação emocional.
Essa integração permite que o terapeuta extraia o melhor de cada modelo, sempre com base em função clínica e não em “escolas” estanques.
Desafios na Implementação
- Formação clínica ainda é muito centrada em protocolos de transtornos;
- Falta de instrumentos clínicos traduzidos para avaliação de processos;
- Exige desenvolvimento de raciocínio clínico mais analítico e flexível.
No programa de Formação Permanente do IC&C, trabalhamos exatamente essas habilidades em supervisões clínicas e oficinas aplicadas.
Conclusão e Chamada para Ação
A TCC baseada em processos representa o futuro da prática clínica cognitivo-comportamental: mais flexível, mais embasada e mais conectada à realidade do paciente.
Se você quer desenvolver uma atuação terapêutica centrada em processos, sustentada por ciência e sensível ao contexto, conheça a nossa Formação Permanente do IC&C.
Lá, você terá acesso a conteúdos atualizados, supervisão qualificada e uma comunidade de terapeutas engajados na construção de um modelo clínico mais eficaz, ético e transformador.
Referências
- Hayes, S. C., Hofmann, S. G. (2020). Process-Based CBT: The Science and Core Clinical Competencies of Cognitive Behavioral Therapy. New Harbinger.
- Hofmann, S. G., & Hayes, S. C. (2019). The future of intervention science: Process-based therapy. Clinical Psychological Science, 7(1), 37–50.
- Levin, M. E., & Krafft, J. (2023). Process-Based Therapy: A clinician’s roadmap. Routledge.
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