TCC e redes sociais: como lidar com comparação, rejeição e ansiedade digital
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Redes sociais fazem parte do cotidiano de bilhões de pessoas. Elas conectam, informam, entretêm — mas também comparam, cobram e adoecem. Nos consultórios, é cada vez mais comum ouvir pacientes relatando ansiedade, baixa autoestima, medo de rejeição e compulsão digital diretamente ligadas ao uso das redes.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) oferece ferramentas práticas e fundamentadas para lidar com os impactos psicológicos do mundo digital. Neste artigo, vamos explorar como a TCC pode ajudar pacientes a transformar sua relação com as redes sociais de forma saudável, crítica e funcional.
O impacto das redes sociais na saúde mental
Diversos estudos associam o uso excessivo ou disfuncional de redes sociais a:
- Aumento da comparação social
- Sensação de inadequação e fracasso
- Medo de exclusão (FOMO)
- Ansiedade por validação (likes, seguidores)
- Problemas de sono e concentração
- Redução da autoestima e da imagem corporal
Esses efeitos são especialmente nocivos em adolescentes, jovens adultos, influenciadores, profissionais com alto nível de exposição e pessoas com baixa autoestima prévia.
Como a TCC compreende esse fenômeno?
A TCC entende que os sintomas emocionais são resultado da interação entre:
- Situações (ex: tempo nas redes, conteúdo visualizado)
- Pensamentos automáticos (ex: “minha vida é um fracasso comparada à dos outros”)
- Emoções (ex: tristeza, ansiedade, vergonha)
- Comportamentos (ex: evitar postar, excluir app, compulsivamente checar comentários)
O objetivo é intervir nos pensamentos, comportamentos e emoções associados ao uso digital.
Estratégias da TCC para lidar com redes sociais
1. Monitoramento do uso e da resposta emocional
- Use registros diários: quanto tempo passou, como se sentiu antes e depois
- Identifique padrões de ativação emocional (perfis, horários, conteúdos)
Exemplo: após 40 min no Instagram, a paciente relata tristeza e desmotivação
2. Reestruturação de pensamentos automáticos
Trabalhe crenças como:
- “A vida de todo mundo é melhor que a minha”
- “Se eu não postar, vou sumir”
- “Preciso parecer feliz o tempo todo”
Utilize fichas de pensamento disfuncional e questionamento socrático para flexibilizar essas ideias.
3. Treino de comparação funcional
Explique a diferença entre comparação destrutiva e aprendizado observacional:
- “O que essa pessoa faz que eu admiro?”
- “O que posso aprender, sem me diminuir?”
Transforme inveja em modelo realista de meta ou inspiração.
4. Técnicas de regulação do tempo e do foco
- Estabeleça tempo-limite por dia ou por sessão de uso
- Use cronômetros ou bloqueadores de app
- Oriente práticas de mindful scrolling (uso consciente e presente)
5. Reforço de identidade fora do ambiente digital
- Incentive atividades off-line com valor pessoal
- Resgate de hobbies, amizades reais, voluntariado
- Trabalhe autoestima com base em valores e não em números
6. Exposição e enfrentamento de medos digitais
- Medo de postar e não receber curtidas
- Medo de ser “cancelado” ou criticado
- Medo de “ficar para trás”
Trabalhe com exposições graduais, tarefas comportamentais e reestruturação cognitiva.
Exemplo clínico: jovem com ansiedade digital
Queixa: “Eu sei que redes sociais me fazem mal, mas não consigo parar. E me sinto péssimo quando vejo a vida das outras pessoas.”
Intervenções:
- Monitoramento do tempo de uso e efeito emocional
- Reestruturação da crença “todo mundo é mais feliz do que eu”
- Estabelecimento de rotinas fora da internet
- Experimento comportamental: passar 24h sem Instagram e registrar emoções
Resultados: Redução da ansiedade, retomada de autoestima, uso mais crítico e saudável da rede
Adaptação por perfil de paciente
Adolescentes
- Use apps de monitoramento como ferramenta de autoconhecimento
- Trabalhe comparação entre pares e construção de identidade
Adultos
- Conecte redes sociais com padrões de desempenho e produtividade
- Trabalhe limites digitais e foco na vida real
Profissionais expostos (influencers, terapeutas, líderes)
- Trabalhe a diferença entre persona digital e identidade pessoal
- Planeje pausas conscientes e estratégias de autocuidado online
Conclusão
Redes sociais não são vilãs — mas o uso disfuncional delas pode ser um fator de sofrimento significativo. A TCC oferece ferramentas acessíveis para reconstruir a relação com o mundo digital, fortalecer a autoestima e promover um uso mais consciente, saudável e conectado aos valores reais do paciente.
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