Como a ACT promove a flexibilidade psicológica
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Na Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), o objetivo principal não é eliminar sintomas, mas sim desenvolver uma habilidade psicológica fundamental: a flexibilidade psicológica. Esse conceito está no coração da ACT e representa a capacidade de viver uma vida significativa, mesmo diante de pensamentos, emoções ou sensações desconfortáveis.
Mas o que exatamente é flexibilidade psicológica? Como ela se desenvolve no contexto terapêutico? E por que ela é considerada um dos preditores mais robustos de saúde mental segundo pesquisas contemporâneas? Neste artigo, vamos explorar essas perguntas à luz do modelo da ACT.
O que é flexibilidade psicológica?
Segundo Steven Hayes, criador da ACT, a flexibilidade psicológica é:
“A capacidade de entrar em contato com o momento presente com plena consciência e abertura, e agir de acordo com os próprios valores, mesmo na presença de experiências internas difíceis.”
Em outras palavras, é a habilidade de fazer o que importa, mesmo quando a mente e o corpo estão desconfortáveis. Essa habilidade envolve uma combinação de aceitação, mindfulness, clareza de valores e ação comprometida.
Por que a flexibilidade psicológica é importante?
Estudos têm demonstrado que níveis mais altos de flexibilidade psicológica estão associados a:
- Menores níveis de depressão e ansiedade
- Menor impacto de eventos traumáticos
- Menor índice de burnout
- Maior bem-estar subjetivo
- Maior satisfação com a vida
- Redução de comportamentos autodestrutivos
É por isso que a ACT não foca em “consertar a mente”, mas sim em transformar a forma como nos relacionamos com ela.
Os seis processos que promovem flexibilidade
A ACT organiza seus processos em torno do modelo Hexaflex, formado por seis componentes centrais. Cada um deles contribui diretamente para o fortalecimento da flexibilidade psicológica.
1. Aceitação
- Abrir espaço para emoções e sensações, sem evitá-las.
- Exemplo: sentir ansiedade e, ainda assim, continuar uma apresentação.
2. Defusão cognitiva
- Observar pensamentos sem se fundir a eles.
- Exemplo: reconhecer um pensamento autocrítico como “um produto da mente” e não como verdade absoluta.
3. Contato com o momento presente
- Estar aqui e agora, com atenção plena.
- Exemplo: prestar atenção no que está fazendo, mesmo que a mente divague.
4. Eu como contexto
- Perceber que você não é seus pensamentos nem suas emoções.
- Exemplo: adotar uma perspectiva observadora sobre a própria experiência.
5. Valores
- Identificar o que realmente importa na vida.
- Exemplo: perceber que “ser um pai presente” é mais importante do que “não sentir culpa”.
6. Ação comprometida
- Agir em direção aos valores, mesmo diante de desconforto.
- Exemplo: buscar uma reconciliação apesar do medo de rejeição.
Esses processos não acontecem isoladamente — eles interagem, se fortalecem mutuamente e formam a base da mudança duradoura.
👉 Leia mais sobre os seis processos no artigo sobre o modelo Hexaflex.
O ciclo da inflexibilidade psicológica
A ACT também identifica um conjunto de processos que alimentam o sofrimento psicológico, chamado de Hexaflex reverso:
- Evitação experiencial
- Fusão cognitiva
- Desconexão do momento presente
- Eu como conteúdo rígido
- Desalinhamento de valores
- Inação ou impulsividade
O trabalho clínico consiste em desfazer esses ciclos, promovendo alternativas mais flexíveis e eficazes.
Aplicações clínicas: da teoria à prática

A flexibilidade não significa "sentir-se bem", mas sim ser capaz de viver bem, mesmo em meio ao desconforto.
Metáforas e práticas que cultivam flexibilidade
A ACT utiliza metáforas terapêuticas para facilitar a vivência da flexibilidade. Algumas das mais conhecidas:
- O passageiro no ônibus: seguir o caminho apesar dos pensamentos desconfortáveis.
👉 Leia mais sobre essa metáfora neste artigo - Areia movediça: quanto mais se luta contra o sofrimento, mais ele domina.
- A mente como máquina de resolver problemas: excelente para o mundo externo, mas limitada para lidar com emoções.
Essas metáforas ajudam o paciente a desenvolver aceitação experiencial e consciência funcional, dois motores da flexibilidade psicológica.
Flexibilidade como habilidade treinável
A boa notícia é que a flexibilidade psicológica pode ser desenvolvida. Por meio de práticas terapêuticas consistentes, os pacientes aprendem a:
- Observar a mente com mais gentileza
- Tolerar desconforto com mais serenidade
- Tomar decisões baseadas em valores
- Agir com mais liberdade e propósito
Terapeutas também se beneficiam ao cultivar essa habilidade, promovendo autocuidado, presença terapêutica e resiliência.
Conclusão
A ACT propõe um novo paradigma: o sofrimento não precisa ser eliminado para que a vida seja plena. Ao invés disso, cultivar flexibilidade psicológica permite que as pessoas vivam com mais autenticidade, coragem e propósito — mesmo diante das dores inevitáveis da existência.
Mais do que uma técnica, a flexibilidade é uma postura existencial, e a ACT oferece um caminho acessível e empático para cultivá-la.
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