Funções Executivas na Clínica: o que são e como avaliá-las na prática
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As funções executivas são como o sistema de comando do cérebro. Elas nos permitem tomar decisões, resolver problemas, controlar impulsos e adaptar comportamentos diante de novas situações. São essas habilidades que nos ajudam a planejar, focar, agir com flexibilidade e nos autorregular ao longo do dia.
Por isso, compreender as funções executivas é essencial para quem atua com psicologia clínica, neuropsicologia, TCC ou educação. Este artigo mostra o que são essas funções, quais instrumentos podem avaliá-las e por que elas importam tanto na vida dos pacientes.
O que são funções executivas?
As funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas complexas que envolvem:
- Controle inibitório: frear impulsos automáticos ou inadequados
- Memória de trabalho: manter e manipular informações por curtos períodos
- Flexibilidade cognitiva: adaptar-se a mudanças, mudar de estratégia e pensar sob diferentes perspectivas
Essas funções estão ligadas principalmente ao funcionamento do lobo frontal e são essenciais para o comportamento orientado a metas, a aprendizagem e o autocontrole emocional.
Por que elas são importantes na clínica?
Déficits executivos estão presentes em uma ampla variedade de quadros clínicos e podem afetar tanto o desempenho funcional quanto o engajamento com o tratamento.
Alguns contextos frequentes:
- Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
- Transtorno do Espectro Autista (TEA)
- Transtornos de Humor e Ansiedade
- Dificuldades de aprendizagem
- Lesões cerebrais
- Processos demenciais
Dificuldades em funções executivas se manifestam como desorganização, impulsividade, dificuldade em iniciar ou finalizar tarefas, procrastinação, rigidez cognitiva ou instabilidade emocional.
Como avaliar funções executivas na prática clínica?
A avaliação deve integrar testes padronizados, escalas comportamentais e observação clínica.
Testes padronizados mais utilizados:
- Stroop Test: avalia inibição e atenção seletiva
- Teste de Trilhas (TMT A e B): avalia velocidade de processamento e flexibilidade
- Torre de Londres: examina planejamento
- WCST (Wisconsin Card Sorting Test): investiga flexibilidade cognitiva
- WAIS-IV (subtestes): cubos, dígitos, sequência de letras e números, memória de trabalho
Escalas comportamentais complementares:
- BRIEF (Behavior Rating Inventory of Executive Function)
- ECF (Escala de Comportamentos de Função Executiva)
Indicadores observacionais importantes:
- Procrastinação excessiva
- Interrupção de tarefas
- Dificuldade em manter planos
- Impulsividade ou evitação frente a problemas
Dicas para uma boa avaliação clínica
- Escolha os instrumentos de acordo com a idade, nível de escolaridade e queixa principal do paciente.
- Utilize testes validados no Brasil.
- Sempre considere o contexto de vida do paciente: um desempenho limítrofe pode ser suficiente em um ambiente estruturado e insuficiente em contextos exigentes.
- Faça uma análise integrada dos dados: não se baseie apenas em escores numéricos.
Uma boa avaliação executiva responde à pergunta: Como esse perfil se manifesta no cotidiano do paciente?
Conclusão
Compreender e avaliar as funções executivas permite ao clínico ir além do sintoma. Ajuda a entender padrões, orientar intervenções mais eficazes e aumentar a adesão ao tratamento. E, acima de tudo, promove uma escuta mais justa: nem todo comportamento desadaptado é fruto de desinteresse — muitas vezes é resultado de um cérebro que luta para se autorregular.
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